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Motorista que não atende homens viraliza ao levar mulheres para dar ‘flagras’ em motéis de SP: ‘me reinventei na pandemia’

Uma motorista de 47 anos viralizou nas redes sociais ao fazer uma publicação oferecendo serviços de transporte inusitados, como levar mulheres para esperar o

Motorista que não atende homens viraliza ao levar mulheres para dar ‘flagras’ em motéis de SP: ‘me reinventei na pandemia’
Motorista que não atende homens viraliza ao levar mulheres para dar ‘flagras’ em motéis de SP: ‘me reinventei na pandemia’

Redação Publicado em 02/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h52


Uma motorista de 47 anos viralizou nas redes sociais ao fazer uma publicação oferecendo serviços de transporte inusitados, como levar mulheres para esperar o marido sair com a amante de motel. Moradora de São Vicente, no litoral de São Paulo, Elizandra Regina de Cândido afirma que se inspirou em uma publicação semelhante, mas que fez algumas complementações, baseada nos atendimentos que oferece.

Com milhares de compartilhamentos nas últimas horas, Elizandra afirma que a publicação, feita no último sábado (26), foi uma “brincadeira séria” que fez, mas que o resultado a deixou satisfeita, pois mais mulheres entraram em contato com ela para solicitar os serviços.

A lista inclui diversas opções, como: “Está desconfiada do crush? Nós seguimos”; “Precisa fazer compras? Te levo e busco”; “Vai fugir de casa e largar o embuste? Ajudo a retirar suas coisas”; e “Não pode pagar um psicólogo? Sou toda ouvidos para desabafos”.

Antes de atuar como motorista, Elizandra trabalhava como artesã, mas a pandemia dificultou a venda dos laços que confeccionava. Ela até tentou vender lanches em casa, mas ficou dependente de entregadores, e resolveu se reinventar. “A pandemia me quebrou, e comecei a conversar com um monte de gente, meninas que têm medo de pegar motorista por aplicativo”.

Antes de trabalhar como motorista particular, Elizandra vendia laços que confeccionava — Foto: Arquivo Pessoal

Antes de trabalhar como motorista particular, Elizandra vendia laços que confeccionava — Foto: Arquivo Pessoal

Com um carro na garagem, ela iniciou, há quase um ano, as corridas de forma particular, sem vínculo com aplicativos de transporte. “Trabalho muito fazendo compras para senhoras, levando aos médicos, levando ou buscando crianças na escola, e buscando moças que vão para baladas”, revela.

“Estou quase comprando outro carro e fazendo uma parceria com a minha irmã. Vou abrir o meu microempreendedor individual (MEI). Foi uma viralização incrível. Meu telefone, tenho que deixar no modo ‘não perturbe’, porque estou dirigindo e recebo ligação”, diz.

A motorista, que se considera “pau para toda obra”, afirma que quer ajudar as mulheres. “Fui casada, me separei e fiquei desnorteada. Tive que me reinventar, e tive um luto, porque a gente sofre”.

Segundo Elizangela, todos os itens da publicação são verdadeiros, e estão na lista de serviços prestados por ela. Inclusive, a motorista conta que já levou uma amiga até um motel para investigar se realmente estava sendo traída. “Não sou detetive particular, mas a gente faz o que as pessoas pedem. Sou motorista, estou levando a mulher onde ela precisa ir. A única exceção é que não atendo homem”, explica.

Elizandra, conhecida como Eli Laços, viralizou ao fazer publicação oferecendo serviços inusitados como motorista — Foto: Arquivo Pessoal

Elizandra, conhecida como Eli Laços, viralizou ao fazer publicação oferecendo serviços inusitados como motorista — Foto: Arquivo Pessoal

A motorista conta que tem recebido muitas ligações de pessoas com depressão, e até de mulheres que querem se separar. “Tem gente que me liga para desabafar. Dentro do carro, escuto cada história, que é para somar na vida da gente. Tem gente que não vai para nenhum lugar, só me chama para dar uma volta e conversar”, afirma.

“Não é só ganhar dinheiro. Eu me reinventei como ser humano. Estava muito triste, derrotada, me sentindo sozinha. Coloquei meus problemas de lado e passei a olhar o problema dos outros. Não é só ganhar dinheiro, é ajudar outras mulheres”, conclui.

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G1

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