O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo para que a União Europeia ajude as forças de resistência de seu país a lutar contra as tropas
Redação Publicado em 01/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 17h05
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo para que a União Europeia ajude as forças de resistência de seu país a lutar contra as tropas militares russas. Em um rápido pronunciamento feito por videochamada, durante a sessão plenária extraordinária que o Parlamento Europeu realiza hoje (1º), Zelensky reforçou o pedido para que a Ucrânia seja aceita entre os países-membros do bloco europeu.
“A Ucrânia fez a opção pela Europa. É este o caminho que gostaríamos de seguir e eu gostaria de ouvir de vocês [líderes políticos europeus] que a escolha da Ucrânia pode ser confirmada”, declarou Zelensky, afirmando ter ficado satisfeito com a defesa da inclusão da Ucrânia na União Europeia feita poucos minutos antes pela presidenta do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que, em seu discurso, condenou a ação militar russa.
“Nosso povo está extremamente motivado. Estamos lutando por nossos direitos, por nossa liberdade e por nossas vidas, mas também estamos lutando para sermos [reconhecidos como] membros da Europa, em plena igualdade [com os demais países do bloco]. Acredito que é exatamente isto que estamos mostrando a todos: que somos europeus e que a União Europeia será muito mais forte conosco”, declarou Zelensky antes de apelar pelo apoio europeu.
“Sem a União Europeia, a Ucrânia estará só, isolada. Já mostramos nossa força, que estamos no mesmo nível. Por isto, mostrem que estão com a gente e que não vão nos abandonar”, acrescentou o presidente ucraniano.
Ao discursar, antes de Zelensky, a presidenta do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, listou uma série de medidas já anunciadas pela União Europeia a fim de desestimular a Rússia a seguir atacando a Ucrânia. Metsola lembrou que alguns países do bloco já disponibilizaram armas e munição às tropas ucranianas e que uma série de restrições conjuntas já foram adotadas.
“Declaramos que a aviação russa e os jatos privados dos oligarcas russos já não são bem-vindos nos países europeus. Fizemos com que a Rússia fosse excluída do sistema Swift [do inglês, Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais]. Banimos os instrumentos de propaganda do Kremlin [veículos de imprensa estatais russos, como o Rússia Today e a agência de notícias Sputnik] e os cidadãos, organizações, empresas e o mundo dos esportes assumiram uma posição clara e firme, salientando que não manterão relações ou tolerarão um agressor”, listou Roberta, propondo que a Europa vá “ainda mais longe” e, além de aprovar o ingresso da Ucrânia no bloco, apoie a investigação do Tribunal Penal Internacional (o Tribunal de Haia) sobre possíveis crimes de guerra cometidos pela Rússia.
“Fico muito satisfeito com o que acabo de ver e ouvir aqui”, disse Zelensky, referindo-se ao pronunciamento de Roberta Metsola. “Sinto uma verdadeira união com todos os países da União Europeia, mas não sabia que era este o preço que teríamos que pagar. Uma tragédia para mim e para todos os ucranianos”, acrescentou ele, garantindo que os mísseis lançados por Moscou tem tirado a vida de civis ucranianos.
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Agencia Brasil
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