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Mostra Ecofalante estreia hoje com títulos de temática socioambiental

A 10ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema começa hoje (11), com transmissão ao vivo da cerimônia de abertura e estreia da programação na sequência. A

Mostra Ecofalante estreia hoje com títulos de temática socioambiental
Mostra Ecofalante estreia hoje com títulos de temática socioambiental

Redação Publicado em 11/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h52


Mostra é gratuita e oferece 101 títulos até 14 de setembro

A 10ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema começa hoje (11), com transmissão ao vivo da cerimônia de abertura e estreia da programação na sequência. A mostra, evento audiovisual sul-americano de destaque dedicado às temáticas socioambientais, reúne 101 títulos de 40 países, 30 deles inéditos no Brasil. O público poderá acompanhar a programação de forma online e gratuita até 14 de setembro.Mostra Ecofalante estreia hoje com títulos de temática socioambientalMostra Ecofalante estreia hoje com títulos de temática socioambiental

“A mostra chega ao seu décimo ano num momento de grande crise no Brasil e no mundo, marcada pela pandemia, a emergência climática, a enorme destruição da biodiversidade e a crescente desigualdade social. Os desafios são enormes e a função da mostra, que sempre foi a de trazer informação de qualidade e promover o debate democrático, plural e inclusivo, tem se tornado cada vez mais importante. Não é à toa que foi o festival que mais cresceu no Brasil nesses últimos anos”, disse o diretor da mostra, Chico Guariba.

Após a abertura, marcada para as 19h, com a presença do diretor e convidados, será exibido o premiado filme O Novo Evangelho, de Milo Rau, eleito o melhor documentário no Swiss Film Awards 2021 e coproduzido entre Alemanha, Suíça e Itália, que procura revelar o que Jesus Cristo pregaria no século 21.

A programação é dividida em sessões, começando pelo Panorama Internacional Contemporâneo, com os mais premiados filmes internacionais recentes dividido em sete eixos temáticos: Ativismo, Biodiversidade, Cidades, Economia, Povos & Lugares, Tecnologia e Trabalho; e pela Competição Latino-Americana, que reúne 30 produções recentes de sete países da região.

Há ainda o Programa Especial – Territórios UrbanosSegregação, Violência e Resistência, uma retrospectiva de obras brasileiras produzidas a partir de 1999 assinadas por nomes como João Moreira Salles, com a obra Notícias de Uma Guerra Particular, e Maria Augusta Ramos, com Futuro Junho; o Especial Energia Nuclear – 35 Anos de Chernobyl10 Anos de Fukushima, uma seleção de documentários produzidos nos últimos anos que abordam esses grandes desastres nucleares; e o Concurso Curta Ecofalante, premiação voltada a estudantes brasileiros.

Atrações inéditas no Brasil compõem a programação da mostra. Entre as estrangeiras, os organizadores destacam os longas Jogo do Poder de Costa-Gavras, cineasta vencedor do Oscar e do prêmio de melhor direção no Festival de Cannes. Nesse trabalho, o diretor revela os bastidores do jogo de poder da Europa, focalizando as razões para a crise na Grécia. Há ainda a pré-estreia de A História do Plástico, documentário dirigido por Deia Schlosberg, que expõe situações por trás da poluição do plástico.

Entre os filmes nacionais, um dos destaques é a pré-estreia mundial de A Bolsa ou a Vida, mais recente trabalho do diretor Silvio Tendler. O longa propõe a reflexão sobre o que virá depois da pandemia e traz entrevistas com o escritor Ailton Krenak, o padre Júlio Lancelotti, o cineasta Ken Loach, a dragqueen e professora Rita von Hunty, entre outros.

Nesta edição, a programação contempla o marco dos acidentes nucleares de Chernobyl (Ucrânia, 1986) e Fukushima (Japão, 2011), trazendo cinco obras realizadas entre 2006 e 2020 que alertam para os perigos da energia nuclear. A seleção de filmes tem o objetivo de despertar uma discussão sobre essa alternativa de energia em tempos de emergência climática.

Realizações africanas estão presentes nesta edição, com obras vindas do Quênia, Angola e Madagascar. O documentário do Quênia, Softie, premiado por sua montagem em Sundance e dirigido pelo cineasta e ativista Sam Soko, segue o percurso de um fotógrafo famoso por retratar a violência política daquele país.

De Angola, Ar Condicionado, o longa de estreia de Fradique, mescla realismo fantástico e crítica social. Já Morning Star é uma coprodução entre Madagascar e a Ilha da Reunião selecionada para o IDFA-Amsterdã, importante festival internacional de documentários. Dirigida por Nantenaina Lova, a obra tem como foco uma vila, uma comunidade e uma cultura sob o risco de desaparecer por conta da mineração.

A mostra terá uma agenda de entrevistas e debates, que ocorrerá ao longo da programação, com temas envolvendo ativismo, biodiversidade, cidades, economia, povos, tecnologia e trabalho. Todos os debates e entrevistas poderão ser acessados a partir do canal da Mostra Ecofalante no Youtube.

Os filmes serão disponibilizados no site do evento e nas plataformas parceiras da mostra: Belas Artes à La Carte e Spcine Play.

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Agência Brasil

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