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Morre bebê de 6 meses queimada durante banho de 50°C em hospital do Rio

A menina Juliana Anastácio, de 6 meses, morreu nesta sexta-feira (28), após ser queimada em um banho de 50°C no Hospital Getúlio Vargas Filho , o Getulinho,

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Redação Publicado em 29/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h51


Segundo a polícia, uma enfermeira da unidade, suspeita de ser a responsável pelas queimaduras, deve responder por homicídio culposo qualificado

A menina Juliana Anastácio, de 6 meses, morreu nesta sexta-feira (28), após ser queimada em um banho de 50°C no Hospital Getúlio Vargas Filho , o Getulinho, em Niterói, no dia 20.

bebê havia sido internada no hospital com um quadro de pneumonia, consequência de uma meningite que acarretou microcefalia, e que submetia Juliana a internações frequentes. Segundo a polícia, uma enfermeira da unidade, suspeita de ser a responsável pelas queimaduras, deve responder por homicídio culposo qualificado.

Passados oito dias do incidente, o estado de saúde da menina se agravou. Ela chegou a ser submetida à hemodiálise, ainda na manhã desta sexta-feira, mas teve falência múltipla dos órgãos, conta o advogado da família, Pedro Rocha.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Luiz Jorge Rodrigues, da 78ª DP (Fonseca), as queimaduras atingiram 38% do corpo da bebê, incluindo as pernas, virilha, genitália, nádegas e parte da barriga da criança, como é possível ver em fotos cedidas pela família.

De acordo com Rocha, a mãe de Juliana, Luara dos Santos, vinha acompanhando sozinha a situação da filha no hospital, pois seu marido, o cuidador de idosos Jefferson dos Santos, estava no trabalho. No dia 18, após voltar para casa para tomar um banho e trocar de roupa, Luara atendeu à ligação de uma outra paciente do hospital , que informou que algo tinha acontecido com a menina Juliana. Ela correu para o hospital e encontrou a filha já enfaixada.

Os médicos logo disseram à Luara que a menina tinha se queimado durante um banho. Uma perícia parcial realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) no dia seguinte chegou a apontar para a hipótese de as queimaduras terem sido causadas por uma manta quente, procedimento médico usado para tratar algumas enfermidades. No entanto, um segundo exame pericial, realizado sob acompanhamento do Instituto Médico Legal (IML) no dia 20, confirmou que a menina tinha sido queimada num banho.

O Extra procurou a assessoria de imprensa do Hospital Getúlio Vargas Filho e ainda não obteve resposta.

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IG

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