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Moro comunica férias e diz que pedirá exoneração perto da posse

O juiz federal Sérgio Moro, que era o responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, comunicou que vai sair de férias por 17 dias a partir

Moro comunica férias e diz que pedirá exoneração perto da posse
Moro comunica férias e diz que pedirá exoneração perto da posse

Redação Publicado em 05/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h23


Moro afastou-se das atividades de juiz federal após aceitar um convite para assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública; juíza Gabriela Hardt ficará à frente dos processos da Lava Jato até que seja escolhido um novo juiz titular.

O juiz federal Sérgio Moro, que era o responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, comunicou que vai sair de férias por 17 dias a partir desta segunda-feira (5).

O ofício com o comunicado foi encaminhado ao corregedor regional da Justiça Federal da 4ª Região, o desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira.

Moro disse que pretende tirar as férias acumuladas antes de pedir, “logo no início de janeiro”, a exoneração para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

O juiz federal afastou-se das atividades depois de aceitar um convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o futuro ministério da Justiça e Segurança Pública.

A juíza substituta Gabriela Hardt ficará à frente dos processos da Lava Jato até que seja escolhido um novo juiz titular. Gabriela não pode assumir em definitivo porque é substituta.

A seleção do novo juiz é de responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Nesta segunda (5), Hardt interroga dois réus do processo do sítio de Atibaia, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também é réu, segundo apurou a RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.

Os interrogados são Carlos Armando Guedes Paschoal, ex-diretor da Odebrecht, e Emyr Diniz Costa Junior, ex-engenheiro e delator da empreiteira.

Os depoimentos começaram por volta das 14h. Emyr foi o primeiro a ser ouvido.

Investigações

Essa ação penal investiga se o ex-presidente Lula recebeu propina da Odebrecht e da OAS por meio da aquisição e de reformas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo, atribuído a ele.

Conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), as melhorias no imóvel totalizaram R$ 1,02 milhão.

Lula nega as acusações e diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos dele. O ex-presidente afirma que todos os bens que pertencem a ele estão declarados à Receita Federal.

O interrogatório de Lula está marcado para 14 de novembro, quarta-feira. Essa é uma das últimas fases do processo. Depois, os réus e o Ministério Público apresentam as alegações finais e, por fim, o juiz dá a sentença.

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