Dia a Dia
Moradores da rua Helvétia, no Centro de SP, não querem que a Cracolândia volte após migração do fluxo

Já comerciantes da Praça Princesa Isabel, para onde o tráfico se mudou há 5 dias, relatam queda na presença de consumidores – com redução de até 40% do faturamento nessa semana na nova Cracolândia.
Cinco dias após a mudança do fluxo de usuários de drogas na Luz, no Centro de São Paulo, para algumas quadras de distância, na Praça Princesa Isabel, moradores da região que até então abrigavam os dependentes químicos não querem que a Cracolândia volte para região.
Moradores de prédios vizinhos da antiga Cracolândia que até então tinham segurança reforçada, com muros altos e cercas elétricas, comemoram a mudança.
Já os comerciantes do Centro para onde o tráfico se mudou relatam queda na presença de consumidores – com redução de até 40% do faturamento nessa semana – e dificuldades em chamar veículos de transporte por aplicativos, que tentam evitar a região onde a nova Cracolândia se instalou.
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Rua Helvétia vazia nesta terça-feira (22), no local onde ficava o “fluxo” de usuários de droga da Cracolândia, no Centro de São Paulo. — Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO
Na região da Helvétia, a Prefeitura aproveitou a saída dos dependentes químicos da rua para arrumar o asfalto, colocando sinalização e fazendo limpeza, enquanto a população residente estuda até derrubar muros extras, se não for mais necessário.
“Alguns moradores que têm a janela virada para onde era o antigo fluxo e qualquer barulho que eles escutam eles pulam da cama e vão na janela porque têm medo que o fluxo volte”, diz a farmacêutica Luciana Lanzillo, que mora em um prédio vizinho à Helvétia.
“Esse espaço é dos moradores de São Paulo, é dos turistas, é um lugar tão lindo, tão belo. Por que a gente não pode ter isso como cartão de visita da nossa cidade? A gente não pode deixar que as pessoas deixem de frequentar os centros históricos por medo, por insegurança, porque era isso que acontecia, né?”, diz ela.
Na terça-feira (22), o SP2 mostrou que a venda de drogas continua no Centro de São Paulo na nova Cracolândia, com consumo de crack à luz do dia, prejudicando o comércio da região.
“As clientes vêm de fora, para pegar o carro de aplicativo, eles não querem aceitar, as clientes acabam não vindo. Então, o movimento ficou bem menor. Já é quarta-feira e eu não ganhei nem R$ 50 nessa semana”, disse uma comerciante da Praça Princesa Isabel.
O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que a gestão municipal irá continuar atuando na região e que é impossível “acabar” com o tráfico.
Segundo ele, a Prefeitura atuou, junto com as polícias Civil e Militar e a GCM, desde 2021, na prisão e no combate ao tráfico na região, com a prisão de mais de 92 traficantes e a revista de pessoas.
Na terça-feira (22), o delegado Roberto Monteiro afirmou que a migração do fluxo foi ordem do crime organizado. Nesta quarta-feira (23), porém, o governador, João Doria (PSDB), negou a informação, afirmando não haver evidencias de que a migração da Cracolândia foi determinação de criminosos.
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G1
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