O Ministério da Saúde tem um estoque de 9,8 milhões de testes de Covid-19, do tipo RT-PCR, "encalhados" por falta de reagentes, segundo documentos internos
Redação Publicado em 30/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h30
O Ministério da Saúde tem um estoque de 9,8 milhões de testes de Covid-19, do tipo RT-PCR, “encalhados” por falta de reagentes, segundo documentos internos da pasta aos quais o Estadão teve acesso. O montante é quase o dobro dos 5 milhões distribuídos pela pasta aos estados e municípios.
A pasta adquiriu os testes sem ter a garantia de que haveria os insumos necessários para possibilitar o diagnóstico. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) , estes produtos não são entregues “com regularidade” pela pasta.
Questionado, o ministério respondeu que teve dificuldades para encontrar todos os insumos no mercado internacional, mas que está estabilizando a distribuição conforme recebe importações de fornecedores. A pasta não respondeu se houve alerta do técnicos sobre os riscos da falta dos reagentes.
Dados apresentados na sexta-feira pelo ministério mostram que o Brasil realizou 2,3 milhões de testes do tipo RT-PCR, sendo 1,4 milhão na rede pública e 943 mil na privada. Além dos exames “padrão ouro”, o país fez outros 2,9 milhões de testes rápidos, que localizam anticorpos para a doença, mas não são indicados para diagnóstico.
Técnicos da Saúde chegaram a projetar que o País realizaria 110,5 mil testes por dia. A média diária em julho, entretanto, foi de 15,5 mil exames, segundo último boletim epidemiológico.
No último dia 17, o ministro interino Eduardo Pazuello minimizou a falta dos testes. “Criaram a ideia de que tem de testar para dizer que é coronavírus. Não tem de testar, tem de ter diagnóstico médico para dizer que é coronavírus. E, se o médico atestar, deve-se iniciar imediatamente o tratamento”, afirmou em entrevista à revista Veja no último dia 17.
A falta dos exames de diagnóstico causa alto número de subnotificação. Até 18 de julho, o Brasil registrou 441.194 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 213.280 para Covid-19. Há ainda mais de 80 mil internações sendo investigadas e 141,6 mil classificadas como síndrome “não especificada”.
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