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Militares querem que Bolsonaro vete revogação da Lei de Segurança Nacional

Militares recomendaram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o veto a trecho da nova lei que revoga a Lei de Segurança Nacional, criada em 1983 pela

Militares querem que Bolsonaro vete revogação da Lei de Segurança Nacional
Militares querem que Bolsonaro vete revogação da Lei de Segurança Nacional

Redação Publicado em 01/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h44


Militares recomendaram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o veto a trecho da nova lei que revoga a Lei de Segurança Nacional, criada em 1983 pela ditadura e que tem sido usada tanto pelo governo para punir críticos como pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para defender a democracia.

Bolsonaro tem até esta quarta-feira (1º) para definir se sanciona ou veta a proposta, que altera também o Código Penal prevendo pena de prisão para quem der golpe de Estado ou tentar impedir o funcionamento das eleições, algo que é defendido por seus apoiadores.

O presidente pode vetar trechos ou toda a proposta. A expectativa no Congresso é que ele vete, pelo menos, o artigo 4º, que revoga a lei de 1983. Militares alegam que a proposta fere a soberania nacional, ao deixar mais vulneráveis temas que têm a ver com desmembramento de território e sabotagem, por exemplo.

Mas o texto, que passou pelo Senado antes de ir para a Presidência, trata disso. Fala em punição para quem promover “atentado à soberania”, “atentado à integridade nacional” e “espionagem”.

O Brasil não tem ainda uma legislação que defenda a democracia. Diante dos ataques recentes proferidos por apoiadores do presidente e ameaças feitas por Bolsonaro, o Judiciário, a sociedade civil e parlamentares recorreram à Lei de Segurança Nacional que, no entanto, tem artigos que muitos advogados e juízes consideram que não são recepcionados pela Constituição de 1988. Daí a necessidade de se confeccionar uma nova legislação e revogar a antiga, forjada na ditadura.

A discussão sobre a sanção do novo texto ocorre num momento que apoiadores do presidente pedem o fechamento do Congresso e do STF e o próprio presidente ameaça não atuar dentro da Constituição.

O novo texto prevê prisão de até 8 anos para quem tentar abolir de maneira violenta o estado democrático de direito, de até 12 anos para quem promover golpe de Estado e de até 6 anos para quem tentar interromper o processo eleitoral.

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G1

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