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Melhor atleta do ano, campeã mundial e ouro nas Olimpíadas: o 2021 de Rebeca Andrade

Rebeca Andrade começou 2021 se recuperando de lesão, precisando conquistar a vaga olímpica e com a incerteza de ter ficado muito tempo sem competir devido à

Melhor atleta do ano, campeã mundial e ouro nas Olimpíadas: o 2021 de Rebeca Andrade
Melhor atleta do ano, campeã mundial e ouro nas Olimpíadas: o 2021 de Rebeca Andrade

Redação Publicado em 08/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h09


Rebeca Andrade começou 2021 se recuperando de lesão, precisando conquistar a vaga olímpica e com a incerteza de ter ficado muito tempo sem competir devido à pandemia. E termina a temporada como campeã olímpica e mundial e eleita a melhor atleta do ano pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), em cerimônia realizada na última terça-feira.

Para contar a história de Rebeca Andrade em 2021, precisamos voltar para 2014. Quando ainda era uma promessa, se machucou e ficou fora das Olimpíadas da Juventude. A primeira lesão, ainda não tão grave, mas que a tirou do que seria o maior evento da sua carreira até então. No ano seguinte, a primeira cirurgia no joelho, que a deixou fora do Campeonato Mundial e dos Jogos Pan-Americanos.

A recuperação foi gradual, mas ela não conseguiu chegar 100% nas Olimpíadas de 2016, em que foi finalista do individual geral, mas não conseguiu brigar pela medalha. Em 2017, quando parecia que estava já recuperada da cirurgia no joelho, um novo baque, outra cirurgia e mais uma temporada no estaleiro. Em 2018, disputou o Mundial, participou da final por equipes, mas não competiu no auge da forma.

O filme se repetiu pela terceira vez em 2019. Nova lesão, mais oito meses sem competir. A recuperação para as Olimpíadas de 2020 teria que ser acelerada. Veio a pandemia, o adiamento das Olimpíadas e o sonho renascido. Começou 2021 a todo vapor, mas com muitas incertezas.

Aí voltamos a falar desta temporada, de 2021. O primeiro susto foi que, por conta da pandemia, as vagas olímpicas disputadas pelas Copas do Mundo foram distribuídas sem os eventos de 2021 valerem, o que fez com que a única chance de vaga fosse pelo Pan-Americano.

O Pan-Americano, aliás, que demorou para ser confirmado. A sede era o Brasil, mas a pandemia, que chegou a ter 4000 mil mortes diárias no país, quase cancelou o evento. Mas foi confirmado e, ali, em junho, faltando menos de 50 dias para as Olimpíadas, Rebeca venceu a competição e carimbou o passaporte para Tóquio.

Vaga conquistada, Rebeca precisava agora fazer algo que nunca tinha feito na carreira: competir um grande evento no auge da forma física, sem resquício de lesões. Com um trabalho médico e psicológico exemplar, objetivo foi alcançado. Nas Olimpíadas, levou a prata no individual geral e o ouro no salto, se tornando a primeira mulher a ir ao pódio duas vezes na mesma edição de Olimpíada.

Mas o ano não tinha terminado. Rebeca queria manter o embalo e brilhar no Campeonato Mundial, em outubro, também no Japão. Se poupando fisicamente, optou por não participar do solo, e levou o título no salto e ainda foi prata nas barras assimétricas.

Depois de todas essas conquistas, Rebeca passou a ser uma celebridade no Brasil. Participou de diversos programas de TV, foi assistir à final da Libertadores no Uruguai e deu a bandeirada do GP São Paulo de Fórmula 1. E já está a cabeça em 2022, quando o novo ciclo começa, as primeiras competições Pré-Olímpicas serão realizadas e o caminho para mais medalhas segue pavimentado.

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GE

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