Medidas para facilitar a compra e o porte de armas dividem as opiniões dos 513 deputados federais eleitos, segundo levantamento realizado pelo G1:
Redação Publicado em 28/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h51
Medidas para facilitar a compra e o porte de armas dividem as opiniões dos 513 deputados federais eleitos, segundo levantamento realizado pelo G1:
Em novembro do ano passado, uma reportagem do G1 mostrou que avançam no Congresso projetos de lei que tentam alterar e flexibilizar o Estatuto do Desarmamento, com regras menos rígidas para o porte de armas. Sancionado como lei federal em 2003, o estatuto limita a circulação e o porte de armas de fogo e munição.
No final do ano passado, comissões da Câmara e do Senado aprovaram proposta que autorizam a compra de armas por moradores da zona rural.
Neste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou o porte de arma para guardas municipais de cidades com menos de de 50 mil habitantes.
Quando ainda era candidato, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou em seu plano de governo que pretende reformular o Estatuto do Desarmamento.
Em declarações públicas, Bolsonaro se disse a favor da posse de armas de fogo para garantir o direito à legítima defesa a quem chama de “cidadão de bem”. Ele não especificou no plano de governo ou em suas falas quais mudanças pretende fazer no Estatuto.
Mas, em uma transmissão ao vivo no Facebook, defendeu que “cidadão de bem” possa, “com algumas poucas exigências”, ter arma em casa.
Atualmente, o Estatuto do Desarmamento permite a compra e, em condições mais restritas, o porte de armas, que é a possibilidade de portá-la fora de casa. As autorizações são concedidas pela Polícia Federal. As exigências para compra são as seguintes:
Entre os dias 5 e 23 deste mês, o G1 aplicou aos deputados um questionário sobre 18 temas que deverão constar da pauta de debates legislativos.
Todos os 513 deputados foram contatados – 412 (80%) responderam e 101 (20%) não responderam ou prometeram enviar as respostas, mas não o fizeram.
Parte dos deputados respondeu pessoalmente ou por telefone e outra parte por e-mail, aplicativos de mensagens ou por intermédio das assessorias. Todos foram informados de que a divulgação das respostas não será feita de forma individualizada.
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