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Médico do Corinthians contrai Covid-19 durante processo de imunização da vacina

Um dos 19 casos de Covid-19 diagnosticados no Corinthians nesta semana foi o do médico Júlio Stancati, recém-vacinado contra o novo coronavírus.

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Redação Publicado em 04/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 21h10


Entenda por que, mesmo após receber dose da Coronavac, Julio Stancati foi infectado

Um dos 19 casos de Covid-19 diagnosticados no Corinthians nesta semana foi o do médico Júlio Stancati, recém-vacinado contra o novo coronavírus.

Membro de um dos grupos prioritários na vacinação, por ser profissional da saúde, Stacanti recebeu as duas doses da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac. A suspeita é de que ele tenha sido infectado entre a primeira e a segunda aplicação, que ocorreu na última segunda-feira. A informação foi divulgada inicialmente pela “Folha de S.Paulo”.

– Eu não estava imune. Tomei a primeira dose em 9 de fevereiro e acredito que fui infectado na viagem a Porto Alegre, para o jogo contra o Internacional, dia 25. Só fui tomar a segunda dose em 1º de março – conta o médico, que está internado em um hospital na capital paulista, mas não apresenta sintomas graves.

– Muitas pessoas trabalham contra a vacina, então é importante esclarecer: minha infecção não significa que a vacina não funciona. Os anticorpos se desenvolvem cerca de 20 dias depois da aplicação da segunda dose, então eu estava exposto ao vírus como a maioria das outras pessoas – completou Stancati, que teve febre, fadiga e processos inflamatórios decorrentes da doença.

A contaminação do médico, mesmo após ser vacinado, não representa qualquer problema ou falta de eficácia do imunizante, de acordo com especialistas.

– O objetivo da vacina é prevenção de doença. Mas é importante lembrar que todos esses cenários de vacinas têm que ser discutidos com objetivos relacionados às duas tecnologias aprovadas no Brasil, que são o de prevenir a forma grave de doença, especialmente em regime de duas doses. O que acontece nessa situação, de ter uma doença após a primeira dose: não foram duas doses e, mesmo assim, se teve uma forma leve da doença, a vacina está cumprindo o seu objetivo. Neste momento da pandemia, a gente precisa da vacina para diminuir gravidade, diminuir internação. As vacinas continuam sendo ferramentas cruciais na prevenção, a despeito de a pessoa ter a doença – explicou o infectologista Álvaro Furtado, que ainda fez um alerta:

– Mesmo com duas doses, as pessoas não vão ter uma carta de liberdade para não usar a máscara e tomar os demais cuidados. A questão da vacina é prevenir que você tenha uma forma grave da doença. Você pode até pegar a Covid-19, pode até transmitir a doença, mas é fundamental ter esse pensamento do objetivo primário nas duas tecnologias aprovadas no Brasil para uso emergencial, que é prevenção de casos graves. Isso não minimiza a eficácia e a segurança das vacinas, é importante ter isso em mente.

De acordo com estudos sobre a viabilidade das vacinas contra a Covid-19 aplicadas no Brasil, a imunização contra o vírus é completa a partir de 15 dias após a administração da segunda dose.

Além de Stacanti, dez membros da comissão técnica do Corinthians e oito jogadores testaram positivo para nesta semana. O volante Camacho deixou a concentração da equipe, na última quarta-feira, após ter resultado negativo em teste, mas apresentar sintomas da Covid-19, como febre.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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