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Marina atribui posição nas pesquisas a ‘eleitor livre’ e diz que não se rende a discurso fácil, quer ‘ganhar ganhando’

A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou na noite desta sexta-feira (21) em entrevista ao Jornal da Globo que seu eleitor "é o

Marina atribui posição nas pesquisas a ‘eleitor livre’ e diz que não se rende a discurso fácil, quer ‘ganhar ganhando’
Marina atribui posição nas pesquisas a ‘eleitor livre’ e diz que não se rende a discurso fácil, quer ‘ganhar ganhando’

Redação Publicado em 22/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h52


Candidata da Rede é a 4ª da série de entrevistas do Jornal da Globo. Ela admite que ‘governo de transição’ não é o melhor termo para definir seu projeto, que é de um único mandato.

A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou na noite desta sexta-feira (21) em entrevista ao Jornal da Globo que seu eleitor “é o mais livre”, ao ser questionada sobre a sua queda nas intenções de voto nas últimas pesquisas. Ela também disse que não se dispõe a fazer “discurso fácil” e quer “ganhar ganhando.”

Marina defendeu que mulheres se aposentem mais cedo que os homens, desonerar a folha de pagamento das empresas, rever alguns pontos da reforma trabalhista e acabar “com a indústria de sindicatos e partidos” (veja mais abaixo).

Ela é a quarta entrevistada da série que o Jornal da Globo faz nesta semana com os candidatos à Presidência mais bem colocados na pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (14). A apresentadora Renata Lo Prete já entrevistou Ciro Gomes (PDT) na segunda-feira (17), Geraldo Alckmin (PSDB) na terça-feira (18) e Fernando Haddad (PT) na quarta-feira (19). O candidato Jair Bolsonaro (PSL) permanece internado, se recuperando do atentado que sofreu em 6 de setembro, e não será entrevistado neste momento.

“O meu eleitor é o mais livre. Porque não tem uma aderência a priori”, afirmou Marina ao ser perguntada sobre a sua situação nas pesquisas. Com 7% das intenções de votos, segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, ela tem o eleitor menos convicto e um desempenho pior que no mesmo período das últimas eleições presidenciais que disputou (13% em 2010 e 31% em 2014).

“São pessoas que são livres para dar o seu voto em quem quiser. Eu fico muito preocupada com essa história de eleitor cativo. Não importa se roubou, não importa se agrediu, é fiel. É como se fosse quase uma religião. Uma democracia tem que zelar muito pela liberdade do seu cidadão fazer uma escolha”, afirmou a candidata. “Eu tenho apenas 21 segundos de televisão. Os meus adversários têm muito tempo.”

Lo Prete pontuou: “o líder nas pesquisas não tem muito tempo” – em referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). “Mas faz um discurso fácil, que eu não me disponho a fazer”, afirmou Marina. “Eu quero ganhar ganhando. Eu quero ganhar em cima de proposta.”

‘Governo de transição’

A jornalista também questionou o fato de a candidata dizer que seu governo seria de transição, caso eleita. “O Brasil vive uma crise grave. O atual governo foi empossado após um impeachment – portanto, ele é, pela origem, de transição. Nas pesquisas, os eleitores apontam problemas que eles consideram urgentes, graves, e, pelos quais, eles cobram soluções. Como a senhora acha que os eleitores reagem ao vê-la dizer que seu seria um governo de transição?”

Marina criticou partidos que, segundo ela, querem se perpetuar no poder. “É porque os partidos que botaram o Brasil no fundo do poço quiseram ser governos de perpetuação. O PSDB entrou e disse que queria ficar 20 anos. O PT entrou e disse que queria ficar 20 anos. Quando você encara a política como projeto de poder pelo poder, acaba fazendo de tudo para permanecer no poder. Eu estou dizendo que quero ficar quatro anos, para que a gente encontre um outro caminho, uma outra maneira de caminhar. Eu encaro a política como serviço”, afirmou.

“Se eu ganhar, eu vou governar com as melhores pessoas dos partidos, da sociedade, da academia, dos empresários. Porque um governo que quer estabelecer um novo patamar só consegue fazer isso se sinalizar para a sociedade que a alternância de poder é um valor na democracia. Eu tenho que ter políticas boas, que funcionem, mas que funcionem independente de eu estar no governo, de ser o meu partido. No Brasil, na América Latina, as pessoas ‘fulanizam’ as políticas, não institucionalizam as políticas.”

Lo Prete então questionou se um governo de transição não “embute a ideia de administrar uma crise”, preparando o terreno para o governo seguinte. “Não se trata de ‘fulanizar’. Eu lhe pergunto porque as palavras têm um peso”, afirmou a jornalista. “Seria esse o seu papel na Presidência?”

Marina afirmou que seu papel na Presidência seria o de “recuperar credibilidade, legitimidade, tirar o país da crise econômica, da crise social, da crise política e da crise de valores que estamos vivendo” e concordou que “transição” não seria a melhor palavra para descrever um eventual governo seu. “Então vamos mudar a palavra. Eu concordo com você que a palavra tem força, e as pessoas nem querem saber do conteúdo. [Eu quero] um governo de quatro anos, porque eu não quero reeleição. Eu quero um governo de cinco anos a partir de 2022 para quem vier. Não tenho apego ao poder pelo poder.”

A candidata voltou a criticar os grandes partidos. “O PMDB ajudou a reconquistar a democracia e se perdeu em projeto de poder pelo poder. O PSDB deu uma grande contribuição, ajudando esse país a sair crise econômica com o Plano Real, e se perdeu em projeto poder pelo poder. O Partido dos Trabalhadores deu uma grande contribuição, em cima da estabilidade econômica sobre políticas sociais, e se perdeu em projeto de poder pelo poder. E todos hoje estão envolvidos em graves casos de corrupção”.

A candidata afirmou também “que sábios são os que aprendem com os erros dos outros” e “estúpidos são aqueles que não aprendem com os próprios erros”. “Nós não temos o direito de não aprender com os nossos erros. É um momento de gravidade. O Brasil está à beira de ter que ficar no cinismo de que não existiu corrupção porque não faz autocrítica ou ir por um caminho totalmente irresponsável com a nossa democracia, com a sociedade brasileira, de apostar cada vez mais na radicalização, como é o projeto do Bolsonaro.”

Reforma política

Marina foi questionada por Lo Prete sobre a sua proposta de criar um teto de dois mandatos consecutivos para parlamentares. “A senhora considera realmente possível convencer 3/5 dos deputados e senadores a se contentar com uma única reeleição?”

A candidata afirmou que não pode “deixar de propor aquilo que acho que é certo e que é justo para melhorar a qualidade da política no Brasil”. “Aliás, esse é o grande problema que nós estamos vivendo hoje: as pessoas estão se acostumando a nivelar por baixo. Os partidos não são mais prospectivos. As pessoas perderam os grandes ideais. Nós estamos no caos na política, Renata. E uma reforma política precisa abordar a política como profissão. Tem gente que fica no Congresso nacional como se aquilo fosse uma profissão – e a política é serviço”.

“Só para você ter um ideia, se esta proposta já tivesse sido aprovada, hoje nós teríamos uma renovação de 70% do Congresso que nós temos hoje. No Congresso nós temos mais de 200 investigados, imagine se isso incidisse sobre esses que estão aí, que repetem mandato ad infinitum“, afirmou.

Lo Prete perguntou se a proposta não seria um tipo de “estelionato eleitoral”, devido à dificuldade de conseguir aprová-la. “Estelionato eleitoral assume diversas formas. Uma das formas é prometer em campanha aquilo que sabidamente não será concretizado. A senhora não acha que isso é um pouco esta proposta, por exemplo?”

“Não, não, é uma proposta de reforma política”, afirmou Marina. “Em uma reforma política quem vai debater é o Congresso, eu não posso me conformar com a política que temos, o sistema político que temos, só porque eu não tenho a garantia de 100% que eu não vou convencer o Congresso ou não.”

A jornalista insistiu na questão: “a senhora foi senadora, a senhora sabe como é o Congresso. Apenas me diga: a senhora acha viável convencer os parlamentares a aprovarem uma medida como essa?”

Marina afirmou que, “se fosse me pautar só pelo que o senso comum acha viável, nunca teria aprovado a Lei de Concessão Florestal [quando era ministra do Meio Ambiente]”. “Todo mundo dizia que era praticamente impossível. Eu tive que enfrentar uma greve no Ibama para criar o Serviço Florestal Brasileiro, o Instituto Chico Mendes”.

“Imagine se eu tivesse entrado e dito: eu vou reduzir o desmatamento em 80%, vou prender 725 criminosos, vou aprender 1 milhão de metros cúbicos de madeira, vou criar 24 milhões de hectares de unidades de conservação em 5 anos, vou dobrar as reservas extrativistas e vou ser o ministério mais premiado da história do Ministério do Meio Ambiente do Brasil. As pessoas iam dizer: ‘isso é um estelionato, você não vai conseguir. O desmatamento está em 27 mil km², você não tem condição de conseguir com o Orçamento que você tem'”, disse a candidata.

Ela afirmou que “o Brasil está precisando de grande ideais”. “Nós estamos nivelando tudo por baixo. É por isso que, quando aparece uns salvadores da pátria, dizendo que vão resolver o problema da violência não com política pública, mas distribuindo uma arma para as pessoas, parece que isso pega como um rastilho de pólvora. Os grandes ideais nos ajudam a alavancar determinadas coisas.”

Outros temas

  • Reforma da Previdência

Pergunta: A sua campanha é uma das que defendem a reforma da Previdência, consideram necessária. Mas o seu programa é vago sobre o que fazer. Vou citar três pontos. Defende que exista uma idade mínima, mas não diz qual. Defende migrar para o sistema de capitalização, mas não não estima o custo disso. E defende eliminar privilégios de quem ingressou no serviço público antes de 2010, mas também não diz quais. A senhora pode esclarecer quais privilégios?

Resposta: Primeiro a necessidade da reforma da Previdência. Ela é importante, fundamental, porque nós temos um déficit da Previdência, temos um país que está endividado, e ela é necessária. E, quando nós tratamos da reforma da Previdência, nós estamos considerando algumas questões que já estão contempladas no nosso programa. Na questão da idade mínima, é uma necessidade, mas os especialistas estão debatendo. Qual é a idade mínima que nós vamos estabelecer diante da longevidade das pessoas. E quando estabelecermos essa idade mínima nós ainda vamos manter a diferença entre homens e mulheres. As mulheres se aposentarão primeiro. Mas hoje, na prática, já existe uma idade mínima. As pessoas pobres que se aposentam por idade porque elas não têm um trabalho contínuo, o seu trabalho é intermitente, elas já se aposentam com 65 anos de idade. Vamos combater privilégios. Hoje nós temos uma distorção no sistema. O poder executivo tem aposentadorias de até R$ 7 mil, no Legislativo é R$ 28 mil, no Judiciário é R$ 26 mil. Na iniciativa privada é R$ 1,5 mil. E já existe um teto. [Proponho] juntar o sistema público com o sistema privado. O teto é de R$ 5,6 mil. Além disso, você terá que pagar para ter algo que seja maior. Nós já temos isso muito claro. E vamos também acabar com a farra das isenções, dos perdões e da corrupção na Previdência. Se a gente fizer isso, a gente consegue pelo menos uns cinco anos de viabilidade da Previdência. E, se o país voltar a crescer – com credibilidade e legitimidade nós vamos fazer o país voltar a crescer -, a gente vai ter uma ampliação da base de contribuição.

Pergunta: No caso de a senhora ser eleita, a senhora não acha importante chegar já com alguns pontos definidos? Por exemplo, essa questão da idade mínima, a senhora não se arrisca a dizer qual é a idade mínima correta, mesmo que diferenciada para homens e mulheres? Qual a senhora considera adequada?

Resposta: É melhor ouvir os especialistas. O Temer se furtou ao debate e não conseguiu aprovar uma reforma da Previdência. Eu aposto no resultado e no processo. Hoje se está curvando a uma cultura autoritária nesse país, e as pessoas ficam assustadas quando aparece salvadores da pátria mentindo e dizendo que vão fazer e acontecer. É porque parece que a gente é um país democrático que tem desprezo pelo processo. Então, nós vamos fazer a reforma, ela é necessária. Nós estamos perdendo o bônus demográfico. Hoje, para cada aposentado, há oito pessoas que pagam uma aposentadoria. Em 2040, terão apenas quatro pessoas. Em 2060, duas pessoas. Se nós não fizermos nós estaremos numa situação muito difícil.

  • Reforma trabalhista

Pergunta: Sobre reforma trabalhista eu lhe pergunto sobre um ponto específico, o fim da contribuição sindical – aquele dia que todo trabalhador é obrigado a repassar todo ano ao sindicato. Na GloboNews a senhora disse que foi contra, mas disse também que é preciso pensar numa forma de financiar os sindicatos. Qual seria? Uma nova contribuição?

Resposta: Encontrar uma forma de como os sindicatos conseguirão fazer com que sua base, a partir da decisão democrática soberana da base sindical, possa viabilizar estes sindicatos. Porque hoje você tirou também o imposto sindical dos empregadores, mas eles continuam com o Sistema S, que dá uma grande quantidade de dinheiro para as empresas. No caso dos sindicatos, você não vai querer que os trabalhadores fiquem completamente à deriva. Eu sempre fui a favor da liberdade e autonomia sindical, mas isso não significa que a gente deva acabar com os sindicatos. A reforma trabalhista ela precisa ser revisitada, de mudanças, porque foram cometidas algumas atrocidades na reforma trabalhista.

Pergunta: Ainda para entender esta questão dos sindicatos, vamos quantificar: são pouco mais de 16 mil sindicatos, entre patronais e de trabalhadores. A gente sabe que muito deles são fantasmas, não representam ninguém, e são criados especificamente para receber aqueles milhões em contribuição. Tem quem defenda fixar um mínimo da participação da categoria e não só dos associados para validar uma contribuição. Qual é a sua posição sobre isso?

Resposta: Minha posição é que os sindicatos precisam dar retorno para categoria. E muitas vezes um pequeno sindicato que, sozinho, se articula para ter acesso ao imposto sindical, ele não tem que ter um trabalho efetivo. Às vezes você faz a composição de vários segmentos, ganha uma força maior, uma base social, e com isso você consegue fazer as negociações, os acordos coletivos, ter um ganho concreto para aquela base social. De acordo com essa quase competição de resultado você vai conseguir com que a pessoa queira contribuir. Aliás, é algo parecido com reforma partidária. Hoje você tem um monte de partido que não tem programa, não tem ideologia, só para ter acesso ao fundo partidário. É correto que você acabe com a indústria de sindicato e de partido. Mas os partidos políticos, muito espertamente, no Congresso Nacional, conseguiram manter uma forma de sobreviver. Os sindicatos precisam ser efetivos, ter capacidade de resposta e convencer os seus associados na sua contribuição. Buscar este caminho é legítimo, você não vai é querer que as categorias, os trabalhadores, fiquem inteiramente à deriva. A minha crítica [na reforma trabalhista] é até mais grave do que isso, que é questão de um mulher grávida ter que trabalhar em uma situação de risco para ela e para o bebê. Isso precisa mudar. A questão de uma pessoa que vive em situação de trabalho escravo e, para poder entrar na Justiça e reivindicar o seu direito, ter que pagar uma perícia técnica. Ou uma pessoa que foi lesada de alguma forma pelo patrão, ganha um salário mínimo e vai pagar uma perícia técnica. Uma perícia técnica é muito cara, e isso dificulta o acesso à Justiça. Isso tem que mudar, e tem que mudar também a questão do trabalho intermitente. A pessoa tem que ficar à disposição do contratante e ela pode não ser chamada. Mas ela precisa continuar pagando as contas, precisa alimentar a sua família. Todos estes aspectos precisam ser revistos. Diferentemente daqueles que dizem que terá que revogar, eu digo que tem que rever.

  • Reforma tributária

Pergunta: Então vamos para a reforma tributária. A senhora propõe um debate sobre taxação de dividendos e também defende mais impostos sobre propriedade. Ao mesmo tempo, a senhora tem dito que não há espaço para aumentar ainda mais a carga tributária. Para essa conta fechar, que impostos a senhora cortaria?

Resposta: Nós vamos fazer, sim, a taxação progressiva de dividendos. Mas vamos reduzir a tributação sobre a produção, sobre as empresas. Porque é uma forma de você fazer com que o lucro da empresa possa ser vertido na empresa. Quando você fala em taxação de dividendos e de heranças, por exemplo, você tem que estabelecer que isso é progressivo. Porque depende também da pessoa e da condição econômica da pessoa. Uma pessoa que trabalhou a vida inteira para comprar um apartamentozinho, de repente ela diz ‘eu posso morrer, vou deixar isso aqui para o meu filho ou para o meu neto, e vão fazer uma cobrança em cima da minha herança?’. Não. É um processo progressivo. Porque nós trabalhamos com o princípio da justiça tributária. Nossa reforma tributária prevê a questão da descentralização, da simplificação, o princípio da justiça tributária para acabar com a regressividade, e nós vamos trabalhar também o princípio da impessoalidade.

Pergunta: Candidata, eu estou entendendo que a senhora se dispõe a desonerar a produção de alguma maneira. A senhora pode citar algum imposto que seria retirado?

Resposta: Por exemplo, a folha de pagamento. Se nós queremos que tenhamos mais pessoas sendo contratadas, com certeza a gente tem que facilitar para que a formalidade aconteça. Os investimentos no setor produtivo, você vai ter que ampliar a base produtiva de uma empresa, os equipamentos necessários, você vai ter que desonerar. Nós vamos criar 2 milhões de empregos em energia limpa e renovável. Isso precisa de um aporte inicial para que o mercado consiga se consolidar. Tanto no processo de instalação dessa nova base de geração de energia quanto para que a gente possa montar os equipamentos. Existe um momento em que você tem que ajudar que a dinâmica econômica se estabeleça. Depois ela ganha vida por si mesma.

Pergunta: Mas a senhora falou de desoneração de folha do pagamento, que foi tentada no governo Dilma com resultados ruins. Eu lhe pergunto se a senhora pode especificar um pouco mais o que sairia. Sem essa especificação, a senhora não considera que seria como pedir um cheque em branco ao eleitor?

Resposta: Não é um cheque em branco, não, você fazer com que o consumo, o investimento, tudo isso possa ter uma desoneração. Isso ajuda a recuperar a economia brasileira. Nós estamos vivendo uma crise profunda, não existe cheque em branco. Cheque em branco é o que deram para Dilma e para o Temer em 2014. Eles diziam que o Brasil estava divino e maravilhoso, que não precisa fazer nada, era só continuar do jeito que estava que o Brasil ia ficar cor de rosa – e nós estamos vivendo a crise. A crise está nos ensinando que ou a gente encontra um novo caminho, uma nova maneira de caminhar, ou a gente não sai do buraco.

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