Estava numa reunião e, de repente, o cliente me pede para levá-lo ao velório do Gugu Liberato. Não entendi. O falecimento do apresentador não era tema da
Redação Publicado em 10/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h02
Estava numa reunião e, de repente, o cliente me pede para levá-lo ao velório do Gugu Liberato. Não entendi. O falecimento do apresentador não era tema da reunião e o cliente tinha carro próprio, podendo ir sozinho até local para as despedidas finais.
Eu quis saber a razão do inusitado pedido. Ele disse que tinha “uma história com o Gugu” e, sabendo que produzo um canal no Youtube, pediu que eu o ajudasse a dar entrevistas para emissoras de TV. Sugeri que ele me revelasse tudo e, se fosse interessante, publicaríamos no Youtube.
O cliente contou que no passado, desempregado e morando num cortiço, assistia ao programa do Gugu acreditando que o apresentador montaria uma loja qualquer e lhe daria um emprego de gerente. Era esse “o caso dele com o Gugu”. Constrangido, sem achar a história tão interessante, e com pressa de acabar a reunião, declinei da estranha proposta com cortesia.
Creio que este “causo” ilustra porque a candidatura de figuras públicas midiáticas ainda tem considerável apelo popular. Além de reforçar que os políticos não podem descuidar das questões sociais que afligem o povo brasileiro.
Luciano Huck começa a ser testado como presidenciável. Na capital de SP, ainda se fala em Celso Russomano e já se cogita a candidatura de Datena para a Prefeitura. Quem não se lembra da folclórica quase-candidatura de Sílvio Santos para a Presidência nos anos 80?
Huck já é apresentado como ativista social e tenta se lançar como político preocupado com as questões sociais. Participa de movimentos de formação de lideranças, marca presença em eventos políticos e, sempre que pode, cria algum atrito com Bolsonaro.
Não diz que se aproveita do desconhecimento da população sobre os bastidores dos programas de TV que exploram a boa-fé das camadas mais pobres do povo. Para cada carro que Huck reformou, quantos serão os milhões de reais recebidos com a venda de cotas de publicidade?
Parte do eleitorado pensa que essas celebridades farão muito pelo povo, pois são ricos e combativos. Creem que os famosos distribuirão bens para a população e serão valentes para “enfrentar os políticos”, seja lá o que isso realmente signifique.
Há quem acredite que tão logo Luciano Huck seja eleito sairá por aí reformando gratuitamente casas populares e carros antigos. Como se o Brasil fosse um imenso programa de auditório. Resta saber: quem são os diretores por trás do personagem?
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