Dezenas de milhares de bielorrussos foram para as ruas neste domingo (30) em Minsk, capital de Belarus, para protestar contra o resultado das eleições
Redação Publicado em 30/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h22
Dezenas de milhares de bielorrussos foram para as ruas neste domingo (30) em Minsk, capital de Belarus, para protestar contra o resultado das eleições presidenciais, que manteve no poder o presidente Alexandre Lukashenko.
Ele ocupa o cargo desde 1994 e enfrenta desde as eleições, no dia 9 de agosto, um movimento de protestos sem precedentes por sua suposta vitória com 80% dos votos. A oposição denuncia como fraudulenta a sua reeleição.
A União Europeia também não reconhece o resultado e prepara novas sanções contra altos funcionários bielorrussos. Lukashenko nega fraude eleitoral.
Os manifestantes chegaram ao centro de Minsk carregando balões, flores e bandeiras, nesta tarde. Belarus teve uma bandeira branca-vermelha-branca por um breve período no início dos anos 1990 e ela se tornou um símbolo dos protestos antigoverno.
Os carros que passavam tocavam suas buzinas em solidariedade. Algumas mulheres se deitaram em protesto em frente a um cordão de homens das forças de segurança, de acordo com a Reuters.
Os manifestantes então se dirigiram à residência de Lukashenko, guardada por forças de segurança com escudos, canhões de água e camburões. Uma coluna de veículos militares blindados foi vista dirigindo em direção ao centro da cidade, informou a agência de notícias russa Interfax.
A polícia fez detenções esporádicas ao longo do dia, amontoando pessoas nos camburões. Pelo menos 125 pessoas foram detidas, disse a agência de notícias russa RIA, citando o Ministério do Interior. Alguns manifestantes resistiram à prisão no que pareciam ser policiais à paisana, disse uma testemunha.
Os primeiros protestos contra o resultado das eleições, no início de agosto, foram duramente reprimidos e resultaram em três mortes, dezenas de feridos e 7 mil pessoas detidas.
Neste domingo, Lukashenko completa 66 anos e o presidente russo, Vladimir Putin, usou o telefonema de aniversário para convidar o presidente a visitar Moscou, em um sinal da disposição do Kremlin em apoiar Lukashenko enquanto ele resiste contra a agitação e a ameaça de novas sanções ocidentais.
Na véspera, o governo de Belarus retirou as credenciais de jornalistas da imprensa estrangeira e chegou a deportar alguns desses profissionais.
Segundo o porta-voz da diplomacia bielorrussa, Anatoli Glaz, a decisão foi tomada de acordo com a recomendação da comissão interministerial de combate ao extremismo e ao terrorismo.
Neste sábado, um grupo de mulheres marchou pelas ruas de Minsk para pedir o fim da repressão policial aos manifestantes.
Liderada por Svetlana Tikhanovskaya, que encontra-se refugiada na Lituânia, a oposição organizou duas grandes manifestações nos dias 16 e 23 de agosto e convocou outro grande protesto para o domingo.
Por G1
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