Manifestantes realizaram neste sábado (24) um ato contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo.
Redação Publicado em 24/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 18h06
Manifestantes realizaram neste sábado (24) um ato contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo.
No geral, os manifestantes pediram a saída de Bolsonaro e de seu vice, General Mourão, e a intensificação da campanha de vacinação contra o coronavírus.
A concentração começou por volta das 14 horas deste sábado, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A via foi completamente fechada para o trânsito de veículos por volta das 15 horas. Todos os 15 quarteirões da Avenida Paulista foram fechados para carros, e manifestantes se espalharam em vários pontos da avenida.
Além do quarteirão do Masp, outros pontos de maior concentração de manifestantes ocorreram na altura do prédio da Fiesp e em frente ao Conjunto Nacional.
Além de cartazes críticos ao presidente, o protesto teve ainda diversas bandeiras do Brasil e placas em defesa da Amazônia e contra a privatização dos correios.
A maior parte dos presentes manteve o distanciamento social, mas alguns trechos tiveram maior concentração de manifestantes. A maioria usava máscara como medida de proteção contra o coronavírus.
Os manifestantes levaram cartazes com dizeres como “Vamos celebrar a vida: viva a vacina e #ForaBolsonaro”, “Amazônia em pé, abaixo Bolsonaro”, “Correios ficam, Bolsonaro sai”.
O ato também teve grandes faixas com as cores vermelha e preta com os dizeres “Fora Bolsonaro”, além de uma longa bandeira verde e amarela. Carros de som se posicionaram ao longo da Paulista, sendo o principal em frente ao Masp.
Segundo a SPTrans, 44 linhas de ônibus que passam pela Avenida Paulista tiveram seus itinerários alterados por conta da manifestação. As linhas que seguem sentido Consolação foram desviadas para a Rua São Carlos do Pinhal. Já no sentido Paraíso o desvio é pela Alameda Santos.
A “Campanha Fora Bolsonaro” é uma inciativa da Frente Povo Sem Medo, da Frente Brasil Popular, de todos os partidos de esquerda, das centrais sindicais, do movimento negro, de entidades de estudantes, movimentos sem-teto, lideranças indígenas, ONGs e outros movimentos populares, todos eles signatários do ‘superpedido’ de impeachment.
No ato também compareceram representantes do PT, PSDB, PDT, PcdoB, PSTU, PSOL, PCB e PCO.
Políticos de diversos partidos estiveram no protesto. O vereador Eduardo Suplicy (PT) declarou que quer fazer parte do movimento contra Bolsonaro nas eleições de 2022.
“Acabei de estar com o Boulos e com o Haddad e queremos estar junto com vocês no ano que vem. Tanto no estado quanto no governo federal estaremos unidos no Fora Bolsonaro”, declarou.
Já o deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) afirmou que, entre as pautas que o ato levantou, está a defesa do auxílio emergencial.
“Nós estamos defendendo também a vacinação já para todo o povo brasileiro, renda emergencial de no mínimo R$ 600, isso é fundamental. Essas são as principais reivindicações, junto com a defesa da democracia”, disse.
Em um carro de som em frente ao Masp, políticos como Orlando Silva (PC do B), Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT) discursaram à multidão.
Em seu pronunciamento, Haddad declarou que a população vai protestar nas ruas até a saída do presidente e que, com o avanço da vacinação, os jovens devem participar cada vez mais dos atos.
“Hoje nós temos 8 milhões de universitários neste país, de todas as cores e todas as orientações. O Brasil tá representado e temos uma massa crítica que não vai abrir mão da democracia e de seus direitos sociais, civis, políticos, e da sua liberdade”, disse Haddad.
“O Bolsonaro não perde por esperar”, completou.
Já o político Guilherme Boulos falou sobre a possibilidade de não haver eleições em 2022, citada por integrantes do governo Bolsonaro em meio à discussão sobre a urna eletrônica.
“Vou dizer uma coisa aqui para o presidente Bolsonaro: vai ter eleição em 2022. E mais do que isso: nós vamos trabalhar para que, antes da eleição, tenha impeachment. Nós vamos trabalhar para que, em 2022, Bolsonaro não esteja na urna”, disse Boulos.
Além do carro de som principal, localizado na frente do Masp, outros veículos espalhados pela Avenida Paulista reuniram manifestantes para acompanhar discursos de lideranças políticas.
Na altura do Conjunto Nacional, um carro de som teve representantes de PC do B, PSDB e Rede Sustentabilidade, além de lideranças da UNE.
No microfone, uma liderança do PSDB discursou citando a chamada frente ampla de partidos contra o presidente Jair Bolsonaro.
“Ô Bolsonaro, seu fascistinha, a Frente Ampla vai colocar você na linha”, disse.
A representante do PSDB declarou ainda que gostaria de convocar todos as religiões para os atos, com destaque para os evangélicos.
Em outro ponto da Avenida Paulista, um pequeno grupo de evangélicos protestou contra o governo Bolsonaro, citando um versículo da Bíblia que diz “ele veio para matar, roubar e destruir”.
Os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro e em defesa da vacinação contra Covid-19 ocorreram em 22 estados do Brasil neste sábado.
Na Grande São Paulo, além da manifestação na Avenida Paulista, houve registro de ato em São Bernardo do Campo, Mairiporã, Suzano e Itaquaquecetuba.
As manifestações na Grande São Paulo foram pacíficas e a maior parte dos manifestantes usou máscara e manteve o distanciamento social devido à pandemia.
Esta é a quinta vez no ano em que há um dia de protestos pelo país contra o governo Bolsonaro.
Em 23 de janeiro, diversas cidades tiveram carreatas a favor da vacinação e contra o presidente.
Em 29 de maio, todos os estados e o Distrito Federal registram manifestações contra governo Bolsonaro.
No dia 19 de junho, dia em que o Brasil bateu a triste marca de 500 mil mortos por Covid-19, protestos ocorreram em Brasília e mais 25 capitais.
Já no último dia 3 de julho, foram verificados atos em ao menos 120 cidades brasileiras e em dezenas de capitais europeias. No geral, os manifestantes pediam mais vacina, o impeachment de Bolsonaro e volta do auxílio emergencial de R$ 600.
.
.
.
Fontes: G1 – Globo.
Leia também
Marajó: Vídeo mostra o momento em que a polícia encontra corpo de menina torturada estuprada e empalada
FINALMENTE? Palácio de Buckingham desmente teorias sobre a Família Real britânica
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
‘Todos Menos Você’ terá continuação? Atriz responde
Turismo brasileiro apresenta crescimento de 7,8% em 2023, indicando recuperação do setor
Confirmado! Biden X Trump, a revanche que muitos esperavam, bom ou ruim para a democracia?
Dólar fecha acima de R$ 5 pela primeira vez desde outubro; Bolsa tem leve alta
FINALMENTE? Palácio de Buckingham desmente teorias sobre a Família Real britânica
PIB brasileiro cresce 0,6% em janeiro
Turismo brasileiro apresenta crescimento de 7,8% em 2023, indicando recuperação do setor