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Mais de 4,6 mil detenções na Rússia em protestos contra intervenção na Ucrânia

Mais de 4,6 mil pessoas foram detidas neste domingo por participação em protestos em várias localidades da Rússia contra a intervenção militar na Ucrânia,

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Redação Publicado em 06/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 23h07


Mais de 4,6 mil pessoas foram detidas neste domingo por participação em protestos em várias localidades da Rússia contra a intervenção militar na Ucrânia, informou a ONG OVD-Info, que monitora as manifestações no país.

Pelo menos 4.640 pessoas foram detidas neste domingo em 65 cidades, elevando o número total de presos para mais de 13 mil na Rússia desde 24 de fevereiro, quando começaram as operações militares, ainda segundo a mesma fonte.

Apesar das intimidações das autoridades e da ameaça de penas de prisão, protestos – limitados – foram organizados todos os dias da última semana em diversas cidades do país.

O líder opositor Alexei Navalny – que está preso – convocou os russos a sair às ruas todos os dias para pedir a paz, apesar da pressão do governo.

Em Moscou, cerca de 1,7 mil pessoas foram detidas neste domingo, informou a OVD-Info, incluindo um diretor da ONG Memorial, Oleg Orlov, e a conhecida ativista Svetlana Gannushkina.

A OVD-Info também relatou pelo menos 279 pessoas detidas em São Petersburgo.

Vários ativistas e ONGs publicaram vídeos nas redes sociais que mostram detenções brutais, com agressões.

De acordo com a OVD-Info, mais de 200 pessoas foram detidas nas cidades de Novosibirsk e Ekaterimburgo.

Para dissuadir qualquer crítica, as autoridades russas aprovaram uma nova lei na sexta-feira que reprime “informações falsas” sobre as atividades do exército russo na Ucrânia. De acordo com o texto, as penas variam de multa a 15 anos de prisão.

Meios de comunicação russos e estrangeiros anunciaram a suspensão das atividades na Rússia.

As pessoas que protestam contra a presença militar russa na Ucrânia estão sistematicamente expostas a multas, de acordo com um novo artigo do código administrativo que proíbe ações públicas que “desacreditem as Forças Armadas”.

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G1

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