O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (16) que o resultado das eleições municipais, realizadas ontem (15),
Redação Publicado em 17/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h04
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (16) que o resultado das eleições municipais, realizadas ontem (15), mostra o fortalecimento dos partidos liberais economicamente, e com postura de maior diálogo com a sociedade, não adeptos da “radicalização”.
“O resultado da eleição ele mostra sim, claro, um fortalecimento de partidos do espectro mais liberal na economia e de maior diálogo na sociedade em outros temas, sem essa radicalização”, disse Maia, durante evento de empresários, organizado pela Associação Comercial de São Paulo.
De acordo com o deputado, o resultado da eleição prova um pouco o crescimento desse ambiente, de partidos com a capacidade de diálogo. “Um ambiente de maior interação com a sociedade, com maior equilíbrio, onde se respeitam, de forma mais clara, as divergências.”
Segundo Maia, as eleições de ontem mostraram que a política voltou a ter mais espaço nos debates e que as mídias sociais perderam força e não foram tão decisivas quanto nas eleições de 2018. Para o deputado, a diminuição da influência das redes sociais está relacionada a ações desenvolvidas nos últimos dois anos pelo Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e pelas próprias plataformas que as administram, que agiram, por exemplo, contra as fake news (notícias falsas) e o disparo de informações em massa para a sociedade.
“A influência das redes sociais foi menor do que ocorreu nas eleições de 2018. Com menor influência das redes sociais, abriu-se espaço para a política”, ressaltou.
Maia disse ainda que as eleições de ontem “sinalizam” como deverão ser as eleições gerais de 2022. “É sempre uma sinalização, mas a acho que a sinalização mais forte será das decisões que o governo [federal] vai tomar nos próximos seis meses”, destacou.
De acordo com Maia, as futuras ações do governo federal no Congresso Nacional terão peso muito maior do que os resultados das eleições de 2020, principalmente nas votações que devem ocorrer fim de novembro, em dezembro e em janeiro, caso o Parlamento funcione no primeiro mês de 2021.
O governo federal precisa a começar a ter clareza do que defende e do que propõe para a sociedade, na matéria mais importante de todas que é a proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial, afirmou o deputado, referindo-se a cortes e realocação de recursos do orçamento primário atual para o orçamento do ano de 2021, para que se possa “não apenas atender o programa de transferência de renda, mas também continuar olhando a necessária redução do déficit primário brasileiro”.
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Agência Brasil
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