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Maia reitera prioridade de projetos de combate ao coronavírus

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reiterou nesta terça-feira (17) que a pauta de votações da Casa estará focada em ações de

Maia reitera prioridade de projetos de combate ao coronavírus
Maia reitera prioridade de projetos de combate ao coronavírus

Redação Publicado em 17/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h12


Parlamentares afastados da Câmara poderão votar remotamente

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reiterou nesta terça-feira (17) que a pauta de votações da Casa estará focada em ações de enfrentamento à pandemia do coronavírus. Para assegurar a análise das propostas, parlamentares afastados poderão votar remotamente, por meio de um aplicativo que está sendo desenvolvido pela Câmara a partir da próxima semana.

Os líderes partidários definiram hoje os dois primeiros projetos da pauta de votação. O primeiro, de autoria do coordenador da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que estuda medidas de enfrentamento ao novo coronavírus, Dr. Luizinho (PP-RJ), prevê o tabelamento de preço e a proibição de exportação de itens como álcool em gel e máscaras, além de ventiladores e respiradores mecânicos.

Outra medida autoriza os gestores a usar saldos de ações em saúde para o combate à pandemia de coronavírus (PLP 232/19). Atualmente, o uso desses recursos oriundos do Ministério da Saúde está condicionado à adesão a programas e projetos específicos e ao cumprimento dos critérios preestabelecidos por cada um deles.

Segundo Maia, o aplicativo que a Câmara está desenvolvendo vai assegurar a participação de todos os parlamentares. Atualmente, deputados acima de 65 anos estão dispensados da atividade. O grupo de congressistas ausentes deve aumentar na próxima semana, quando a dispensa deve ser estendida aos maiores de 60 anos.

Maia assegurou que o funcionamento da Câmara será garantido com a presença de líderes partidários e os deputados que compõem a Mesa Diretora, em Brasília. O aplicativo deve estar disponível até a próxima terça-feira (24).

“[O aplicativo é um] instrumento que garanta a participação de todos os deputados nos processos de votações de matérias, preferencialmente ligadas aos impactos do coronavírus. Mantendo uma base de líderes e da Mesa Diretora, em Brasília de forma permanente, para que estes possam coordenar os trabalhos e garantir a discussão das matérias e que elas possam, quando prontas a voto, ter mais celeridade na sua votação”, explicou.

“É importante porque, a partir do momento em que a circulação das pessoas vai sendo reduzida, a gente vai ter dificuldade de garantir o quórum de 257 [deputados] aqui”, completou.

Fechamento de fronteiras

Para Rodrigo Maia, o Executivo deve reforçar as medidas para garantir o combate ao coronavírus no país.  “Eu acho que o governo já deveria ter fechado as fronteiras. Acho que já deveria ter restringido os voos internacionais e a circulação das pessoas, principalmente nos estados onde a projeção é de problemas maiores, como Rio [de Janeiro] e São Paulo. Mas essas posições são comandadas pelo Poder Executivo”, ressaltou.

Maia defendeu ainda a adoção de outras medidas econômicas para o enfrentamento à pandemia no Brasil, como a revogação do teto de gastos e a ampliação de gastos públicos. “O governo já deveria ter pensado em políticas públicas com a ampliação do gasto público, como todos os países vêm fazendo”, afirmou o presidente da Câmara.

Ele considera “inevitável” que a redução do dano na economia seja garantida pelo Estado brasileiro. “Não há outra saída, principalmente porque a arrecadação federal vai cair, a dos estados e municípios vai cair, e para isso o governo federal deve manter sua articulação, seu comando, precisa tomar essas decisões, que espero que ocorram nos próximos dias ou próximas semanas, e terão, aqui no Parlamento, total apoio para que essas matérias possam ser aprovadas de forma urgente.”

Congresso não fecha

O presidente da Câmara dos Deputados afastou a possibilidade de o avanço dos casos de coronavírus no país levar a um eventual fechamento temporário do Congresso Nacional. “Não, nunca. O Congresso brasileiro fechou só na ditadura. Não vai fechar mais”, afirmou Maia.

AGENCIA BRASIL 

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