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Maia considera “um erro” a decisão de Bolsonaro de tirar Folha de licitação

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerou um erro a  decisão do presidente Jair Bolsonaro de excluir a Folha da relação de veículos nacionais

Maia considera “um erro” a decisão de Bolsonaro de tirar Folha de licitação
Maia considera “um erro” a decisão de Bolsonaro de tirar Folha de licitação

Redação Publicado em 29/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 13h03


Presidente da Câmara critica medida de Bolsonaro, que determinou que a assinatura do jornal fosse cancelada; Itamaraty tirou publicação de clipping

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerou um erro a  decisão do presidente Jair Bolsonaro de excluir a Folha da relação de veículos nacionais e internacionais exigidos em um processo de licitação para fornecimento de acesso digital ao noticiário da imprensa.

“Eu acredito primeiro que é uma decisão equivocada, um erro. É exatamente nas críticas que recebemos que construímos certamente projetos melhores. É uma sinalização ruim em respeito à liberdade de imprensa e acho que também uma sinalização ruim mais uma vez para aqueles que querem investir no Brasil a assessoria do governo tomar uma decisão dessas”, disse Maia.

No fim do mês passado, Bolsonaro já anunciou que havia determinado o cancelamento de todas as assinaturas do jornal no Planalto, o que foi confirmado nesta quinta-feira (28). No edital do pregão eletrônico publicado no Diário Oficial da União de uma empresa especializada em oferecer a assinatura dos veículos à Presidência, a Folha não aparece na lista.

A relação de veículos de comunicação cita 24 jornais e 10 revistas. A lista prevê, por exemplo, 438 assinaturas de jornais, sendo 74 de O Globo e 73 de O Estado de S. Paulo . Em relação às revistas, a exigência é de 44 acessos digitais à Veja , 44 à IstoÉ , além de 14 à Carta Capital . Também estão no edital veículos internacionais, como o The New York Times e o El País .

“Acho que do ponto de vista prático o Congresso não pode fazer nada, mas acredito que certamente os órgãos de controle vão avaliar se é uma decisão que o Estado brasileiro pode tomar, de fazer uma licitação que não é impessoal”, ressaltou Maia.

Por iG

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