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Londres cancela queima de fogos do Ano Novo pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia

Apesar de a Inglaterra ter 68% de sua população completamente vacinada contra a Covid-19, Londres cancelou pelo segundo ano consecutivo a queima de fogos de

Londres cancela queima de fogos do Ano Novo pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia
Londres cancela queima de fogos do Ano Novo pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia

Redação Publicado em 12/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h24


Tradicional celebração poderá ser substituída por um show ao ar livre.

Apesar de a Inglaterra ter 68% de sua população completamente vacinada contra a Covid-19, Londres cancelou pelo segundo ano consecutivo a queima de fogos de artifício para celebrar o Ano Novo.

“Devido à incerteza causada pela pandemia de Covid-19, nosso famoso show de Ano-Novo não acontecerá este ano nas margens do Tâmisa”, anunciou um porta-voz do prefeito de Londres, Sadiq Khan, nesta terça-feira (12).

Antes da pandemia, a capital inglesa atraía multidões para assistir à tradicional queima de fogos na margem sul do rio Tâmisa, ao lado da roda gigante London Eye.

Em 2020, o evento foi substituído por um show de luzes.

Para este ano, a prefeitura londrina prevê fazer outras celebrações para este Réveillon, mas ainda está estudando as formas de evento mais interessantes para o contexto de vigilância sanitária e em pleno inverno no hemisfério norte.

Uma das possibilidades, segundo o jornal britânico “The Sun”, será um show ao ar livre na praça Trafalgar.

Governo Johnson cometeu graves erros durante a pandemia

O anúncio do cancelamento do Ano Novo em Londres acontece no mesmo dia em que foi divulgado um longo e duro relatório parlamentar sobre a gestão da pandemia da Covid-19 no Reino Unido.

O documento conclui que a atuação tardia do governo de Boris Johnson e com grandes erros, em relação à pandemia, levou a milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas.

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O país de 67 milhões de habitantes somou, até o momento, 138 mil mortes devido ao coronavírus durante a pandemia, segundo números compilados pelo Our World in Data.

“As decisões sobre contenção e distanciamento social tomadas nas primeiras semanas da pandemia constituem um dos maiores fracassos de saúde pública que o Reino Unido já viu”, afirmam os parlamentares no documento.

Apesar de a primeira infecção por coronavírus no Reino Unido ter sido registrada ainda em janeiro de 2020, até o dia 23 de março, aponta o relatório, os ministros “apenas procuraram moderar a velocidade da infecção” na população em vez de parar completamente sua propagação, com a expectativa da criação de imunidade de rebanho com base na infecção massiva dos britânicos.

De acordo com um relatório de duas comissões parlamentares após meses de audições, “milhares de mortes poderiam ter sido evitadas” se o governo conservador de Boris Johnson tivesse agido mais rapidamente.

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, participa de coletiva de imprensa sobre a pandemia em Londres nesta terça-feira (26( — Foto: Justin Tallis/Pool via Reuters

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, participa de coletiva de imprensa sobre a pandemia em Londres nesta terça-feira (26( — Foto: Justin Tallis/Pool via Reuters

Grandes erros e acertos

O ministro responsável pela coordenação governamental, Steve Barclay, reagiu ao relatório e afirmou que todas as decisões do governo foram tomadas a partir de consultas aos conselhos científicos.

Em relação ao lockdown, ele afirmou que “na época, havia o receio de que se nos confinássemos muito cedo, (a população) não aceitaria permanecer confinada por um longo período”, o que não foi o caso, reconheceu.

Além de apontar as falhas, o relatório destaca o sucesso da campanha de vacinação no país, que começou em dezembro de 2020 e, neste momento, vacina a toda população com mais de 12 anos.

“A resposta do Reino Unido tem sido uma combinação de grandes erros e grandes acertos”, como o programa de vacinação, afirmaram em uma declaração conjunta os presidentes dos dois comitês responsáveis pelo relatório, os eurodeputados conservadores Greg Clark e Jeremy Hunt.

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G1

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