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Legista constata lesões graves e sinais de abuso sexual em bebê morta

O médico legista do Instituto Médico Legal (IML) de São José do Rio Preto (SP) constatou que a bebê de um ano e quatro meses, que morreu no pronto-socorro na

Legista constata lesões graves e sinais de abuso sexual em bebê morta
Legista constata lesões graves e sinais de abuso sexual em bebê morta

Redação Publicado em 06/03/2017, às 00h00 - Atualizado às 22h20


Menina de um ano e quatro meses morreu no pronto-socorro em Rio Preto.
Pais negaram à polícia qualquer tipo de agressão ou violência sexual.

O médico legista do Instituto Médico Legal (IML) de São José do Rio Preto (SP) constatou que a bebê de um ano e quatro meses, que morreu no pronto-socorro na noite de sexta-feira (3), em São José do Rio Preto (SP), apresentava lesões graves no fígado e sinais de violência sexual, segundo o delegado Eder Galavoti.

Ele diz que ainda é cedo para chegar a conclusões, mas afirma que o médico legista já adiantou que a criança estava com traumatismo craniano, uma lesão grande no fígado e indícios de abuso sexual.

Os pais, de 19 anos, foram levados ao plantão policial para prestar depoimentos e negaram qualquer tipo de agressão ou violência sexual, segundo o delegado. “Para as investigações preliminares, eles foram interrogados e deram suas versões, em que negaram as agressões à criança, assim como abuso sexual. Outras duas pessoas suspeitas foram ouvidas e também negaram. Todos cederam material sanguíneo que será usado para eventual perícia”, diz.

Delegado Eder Galavoti ouviu os pais, que negaram crimes  (Foto: Reprodução/TV TEM)

Delegado Eder Galavoti ouviu os pais, que negaram crimes (Foto: Reprodução/TV TEM)

A polícia confirmou a versão da mãe da menina de que a bebê ficou internada na Santa Casa há cerca de 20 dias, mas investiga se a internação foi devido a um tombo do sofá como disse a mãe. No sábado (4), policiais foram até a casa da família, onde apreenderam materiais com sangue para encaminhar à perícia.

“Vários objetos foram apreendidos e serão periciados. Por enquanto é cedo para chegar a uma conclusão, mas se esse trauma foi provocado há 20 dias, certamente estará atestado no prontuário médico da criança. Caso ela tenha recebido alta e morrido em consequência desse primeito trauma é um caso de lesão corporal culposa com o evento morte, mas ainda há a suspeita do abuso sexual. São crimes distintos a serem apurados”, explica o delegado.

O corpo do bebê foi velado e enterrado em Rio Preto, no cemitério São João Batista, no domingo (5). O laudo do IML deve ficar pronto em 30 dias. Os pais não quiseram dar entrevistas.

Entenda o caso
Segundo informações do boletim de ocorrência, a bebê de um ano e quatro meses foi levada pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Toninho sem sinais vitais, na noite de sexta-feira (3). Na ocorrência consta que um médico percebeu hematomas no corpo da bebê e chamou a polícia. A mãe disse à polícia que as marcas eram consequência de uma queda anterior e de mordidas de outro filho mais velho que ela, mas também criança.

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