Diário de São Paulo
Siga-nos

Laudo aponta apodrecimento a causa do desabamento em Agudos

Laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP apontou que o motivo da queda de parte do teto da Escola Municipal Professora Diomira Napoleone Paschoal,

Laudo aponta apodrecimento a causa do desabamento em Agudos
Laudo aponta apodrecimento a causa do desabamento em Agudos

Redação Publicado em 28/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h08


Laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP apontou que o motivo da queda de parte do teto da Escola Municipal Professora Diomira Napoleone Paschoal, em Agudos (SP), em abril deste ano, deixando 20 pessoas feridas, foi o apodrecimento da estrutura de madeira do telhado.

De acordo com o documento, divulgado nesta quarta-feira (27), a madeira das tesouras, que são estruturas da cobertura, estavam deterioradas e apresentavam sinais de apodrecimento.

Laudo aponta que estrutura de madeira do teto de creche em Agudos estava comprometida (Foto: Divulgação/IPT)

No entanto, de acordo com o IPT, esse apodrecimento não era visível e só poderia ser detectado durante uma manutenção mais profunda no prédio.

Ainda de acordo com o laudo, a situação era difícil de ser detectada. “Não é possível imputar responsabilidade pela fatalidade a um indivíduo, devido à localização indetectável visualmente do ponto de apodrecimento da estrutura”, consta no documento.

Teto de creche em Agudos cedeu e feriu 16 crianças e quatro adultos (Foto: Divulgação/IPT)

Entenda o caso

Vinte pessoas ficaram feridas após o desabamento do teto da escola municipal infantil, em Agudos (SP), no dia 18 de abril deste ano.

Ao todo, 16 crianças foram atendidas na Unidade de Pronto-Atendimento de Agudos (UPA) e também no posto de saúde, além de quatro adultos – três professores e uma funcionária da escola.

Dois anos depois da primeira vistoria, outra vistoria feira pelo TSE, em junho de 2017, apontou que, “apesar dos reparos na cobertura e a retirada significativa de material inservível” foram encontradas “paredes com infiltração e muitas penas de aves espalhadas pelo chão, indicando a presença de pombos”.

Ainda segundo o laudo, a presença dos pombos seria possível por conta do “estado precário do telhado”.

Mesmo com as constatações emitidas pelo TSE e as reclamações dos pais das crianças, que questionaram a obra e garantem ter avisado a prefeitura sobre os riscos, nenhum outro reparo foi feito desde então.

Compartilhe  

Tags

últimas notícias