Em ano de eleição, a gente já sabe o que acontece. Tem horário político, promessas, pedido de voto e, atualmente, discussões nos grupos de WhatsApp e no
Redação Publicado em 27/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 01h43
Em ano de eleição, a gente já sabe o que acontece. Tem horário político, promessas, pedido de voto e, atualmente, discussões nos grupos de WhatsApp e no Facebook. Mas será que vale a pena mesmo brigar por causa de políticos?
Afinal, política não é futebol, partido não necessita de torcida, nem político precisa ter fã. O papel de quem quer ser candidato e ter mandato é trabalhar no presente e planejar o futuro. Por isso, o que todo político precisa é de cobrança, crítica, questionamentos.
Que tal fazer um exercício? Cada vez que alguém for pedir voto, para vereador ou prefeito, cara a cara ou nas redes sociais, pergunte o que ele (ou ela) tem a oferecer para o futuro. O que pensa e planeja sobre infraestrutura, educação, saúde, segurança pública e todos os temas que tenham a ver com a sua vida.
No final das contas, numa eleição municipal, como é a deste ano, o que importa é a capacidade de entender de gente e de gestão pública. As questões ideológicas, se o candidato é de esquerda, de centro ou de direita, se gosta do Lula ou do Bolsonaro, se é evangélico, católico ou espírita, só fazem sentido se vierem com soluções viáveis para problemas reais.
Em São Paulo, por exemplo, há inúmeros desafios que precisam ser encarados. A fuga das indústrias tem feito a capital e muitas outras cidades perderem arrecadação e empregos qualificados. Não adianta vir com aquela ideia de que “a cidade virou prestadora de serviços”. Quais serviços? Quantos empregos geram? Com qual nível salarial? Quanto arrecada de impostos? Resumindo, tente entender quais soluções para o desenvolvimento econômico cada candidato tem. E para todos os outros temas. Só então, decida seu voto.
Não se esqueça: quem faz política e se apresenta como candidato tem que trazer ideias viáveis, bem planejadas. E quem vota, mais do que defender ou torcer, precisa fiscalizar, duvidar, cobrar e questionar. É só assim que uma democracia dá certo.
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