Justiça Federal suspende leilão do estádio Jayme Cintra

O pregão prevê lance mínimo de R$ 35 milhões, valor pelo qual a área está avaliada. A realização do leilão foi autorizada pela 2ª Vara Federal de Jundiaí, mas o clube recorreu sob a alegação de que o estádio pertence ao Paulista Futebol Clube, a entidade sem fins lucrativos, e não à Paulista Futebol Clube Ltda, empresa aberta no processo de mudança no modelo de gestão da instituição. Atualmente, o Paulista busca tornar-se um clube-empresa.

A alegação da defesa do Galo de Jundiaí é de que o cartório de registro de imóveis da cidade lançou por engano uma alteração na matrícula do estádio mudando o CNPJ da entidade proprietária do espaço.

O argumento foi acatado pelo relator do processo, o desembargador Wilson Zauhy, que determinou a suspensão do leilão até que seja investigada a real propriedade do estádio.

A primeira etapa do leilão do estádio Jayme Cintra venceria no próximo dia 22 de novembro e, caso não fosse arrematado, entraria em um segundo pregão cujo lance inicial equivale à metade do preço, ou seja, R$ 17,5 milhões. Até o momento, não há lances pelo estádio, que já havia ido a leilão em abril de 2017 e em novembro do mesmo ano.

Inaugurado em 1957, o estádio Jayme Cintra foi palco de momentos históricos da história do Paulista, como a primeira partida da final da Copa do Brasil de 2005 e jogos da Libertadores do ano seguinte. O maior público registrado no estádio foi em 1969, quando o Santos de Pelé venceu o Galo de Jundiaí por 2 a 1, sob o olhar de mais de 22 mil torcedores. Atualmente, a capacidade do estádio é de 13 mil pessoas.