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Justiça autoriza exumação de caixão após feto ser encontrado em lavanderia de hospital

A Justiça autorizou nesta segunda-feira (13) desenterrar o caixão onde deveria ter sido colocado o feto de cinco meses que sofreu um aborto espontâneo no

Justiça autoriza exumação de caixão após feto ser encontrado em lavanderia de hospital
Justiça autoriza exumação de caixão após feto ser encontrado em lavanderia de hospital

Redação Publicado em 13/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 17h01


Corpo foi achado três dias após o enterro em Monte Aprazível (SP). Polícia quer saber o que há dentro do primeiro caixão.

A Justiça autorizou nesta segunda-feira (13) desenterrar o caixão onde deveria ter sido colocado o feto de cinco meses que sofreu um aborto espontâneo no Hospital da Criança em São José do Rio Preto (SP). O caixão foi enterrado no cemitério de Monte Aprazível (SP).

A polícia quer saber o que há dentro do primeiro caixão, já que o corpo do bebê que deveria estar dentro do caixão foi encontrado três dias depois do enterro na lavanderia do Hospital da Criança.

O delegado Valcir Passeti Júnior já ouviu os familiares, mas não disse o conteúdo do depoimento. Ele ainda vai ouvir pessoas da funerária e do hospital.

“A Justiça autorizou e agora vamos marcar com o IML (Instituto Médico Legal) e com a prefeitura para fazer a exumação. Acredito que nesta semana já devemos fazer o serviço e prosseguir com o inquérito”, afirma Valcir, em entrevista ao G1nesta segunda-feira.

A Polícia Civil investiga o erro no sepultamento, que aconteceu no dia 24 de julho. Ainda não há uma tipificação de crime, já que não se sabe o que foi enterrado. Mas o caso pode ser registrado como ocultação de cadáver.

Conforme o Hospital da Criança, no dia da morte do bebê, o funcionário de uma funerária foi até o local, assinou um termo de declaração de retirada do corpo e teria levado o feto embora para o enterro.

A família, que é de Monte Aprazível, recebeu o caixão da funerária e fez o sepultamento no cemitério da cidade. Mas o corpo foi encontrado três dias depois na lavanderia do hospital. O feto estava com etiqueta de identificação e enrolado no lençol em uma triagem de roupas.

Após o episódio, a família foi avisada e fez um novo sepultamento.

Em nota, a própria fundação que administra o hospital disse que acionou a Justiça para fazer o sepultamento do corpo encontrado na lavandeira, e pedir a exumação do primeiro caixão. A fundação que administra o hospital informou que está analisando o caso com rigor.

A funerária informou ao G1, por telefone, que também aguarda o resultado da investigação da polícia e que apenas pegou o corpo que foi passado pelo hospital.

Caso aconteceu no Hospital da Criança em Rio Preto (Foto: Reprodução/TV TEM)

Caso aconteceu no Hospital da Criança em Rio Preto (Foto: Reprodução/TV TEM)

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