Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial avançaram de 318,4% ao ano em julho para 321,1% ao ano, informou o Banco Central nesta quarta-feira (28). Com isso, a taxa atingiu o maior valor de toda a série histórica, que começa em julho de 1994, ou seja, em 22 anos.
Segundo o Banco Central, os juros médios cobrados pelos bancos nestas operações ficaram em 475,2% ao ano em agosto, contra 471,7% ao ano em julho.
Por se tratar de uma taxa extremamente alta, a recomendação de economistas é que os clientes bancários paguem toda a sua fatura do cartão no vencimento, não deixando saldo devedor.
Consignado, pessoal e veículos
No caso das operações de crédito pessoal para pessoas físicas (sem contar o consignado), a taxa média de juros cobrada pelos bancos somou 132,3% ao ano em julho, contra 132,2% em julho.
Nesse caso, houve uma alta de 0,1 ponto percentual em agosto, mas, no ano, ocorreu um aumento de 14,6 pontos percentuais.
Segundo o BC, a taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) atingiu 29,3% ao ano em agosto – o que representa uma alta de 0,1 ponto percentual em relação a julho (29,2% ao ano).
No ano, a taxa para o consignado subiu 0,5 ponto percentual e, em 12 meses, houve um aumento de 1,5 ponto percentual.
A taxa média de juros para aquisição de veículos por pessoas físicas, por sua vez, somou 26,2% ao ano em agosto – acima dos 26% relativos ao mês anterior.