Ela ajudou a planejar o sequestro de uma jovem de 14 anos, que seu marido violentou por 9 meses. E, em poucos dias, sairá da prisão.
Redação Publicado em 17/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h29
Ela ajudou a planejar o sequestro de uma jovem de 14 anos, que seu marido violentou por 9 meses. E, em poucos dias, sairá da prisão.
Trata-se de Wanda Barzee, esposa e cúmplice do sequestrador de Elizabeth Smart, cujo caso chocou os Estados Unidos no início dos anos 2000.
“Gostaria de suplicar a todas as autoridades competentes (…) a reavaliar a situação, a olhar para os fatos, para seu estado mental e decidir se realmente acreditam que essa mulher não continua sendo uma ameaça”, pediu Elizabeth em declaração à imprensa.
“Eu sinceramente acho que é uma ameaça. É uma mulher que tinha seis filhos e conspirou para sequestrar uma menina de 14 anos – não só sentava ao lado dela enquanto estava sendo estuprada, como também encorajava o marido a continuar me estuprando”, lembra a vítima, hoje com 30 anos.
Elizabeth Smart foi raptada de sua própria cama em Salt Lake City, no Estado de Utah, em junho de 2002.
Naquela noite, Brian David Mitchell entrou no quarto da jovem e a ameaçou com uma faca no pescoço: se ela não fosse com ele, mataria toda a família.
A irmã de Elizabeth, que tinha 9 anos na época, testemunhou o sequestro.
Mitchell era conhecido da casa. Ele foi contratado pela mãe de Elizabeth, em 2001, para fazer alguns reparos na residência após ter abordado a família em um shopping pedindo ajuda financeira.
A jovem foi levada para uma casa de campo na montanha, onde o sequestrador a forçou a se “casar” com ele em uma cerimônia.
A partir de então, não parou de abusar dela em nome de uma “revelação de Deus” e com a colaboração da esposa.
Por nove meses, Elizabeth foi mantida em cativeiro, em condições desumanas, sendo obrigada a consumir álcool e drogas.
O caso recebeu grande atenção da mídia. E o pesadelo da adolescente chegou ao fim quando um cidadão a reconheceu caminhando na rua com os sequestradores, a apenas três quilômetros de casa, e alertou a polícia.
Mitchell foi condenado à prisão perpétua e Barzee a 15 anos de prisão – pena que vai terminar de cumprir em 19 de setembro.
É uma situação que preocupa Elizabeth.
“Se eu acho que é perigoso? Sim, mas não apenas para mim, acho que é um perigo e uma ameaça para qualquer pessoa vulnerável na nossa comunidade”, disse Elizabeth à imprensa.
“Nossa comunidade deveria estar preocupada.”
Barzee “me via como sua escrava (…) houve momentos em que ela era manipulada por ele (o marido), mas também houve vezes em que ela abusou de mim tanto quanto ele”, acrescentou.
Elizabeth conseguiu reconstruir sua vida depois do ocorrido e hoje é uma ativista renomada na defesa de vítimas de abuso e pessoas desaparecidas. Ela compartilhou detalhes do horror que viveu no livro My Story (Minha História, em tradução livre), lançado em 2013.
Sua história também foi adaptada duas vezes para o cinema. Eu Sou Elizabeth Smart, filme mais recente, conta com a própria Elizabeth como produtora e narradora.
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