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Jovem acusa segurança do Metrô de SP de agressão em banheiro feminino; funcionárias teriam dito que ela era um homem

A jovem Julia Mendes, de 21 anos, acusou seguranças do Metrô de terem-na agredido na noite deste domingo (10) na estação Sapopemba da Linha 15–Prata do

Jovem acusa segurança do Metrô de SP de agressão em banheiro feminino; funcionárias teriam dito que ela era um homem
Jovem acusa segurança do Metrô de SP de agressão em banheiro feminino; funcionárias teriam dito que ela era um homem

Redação Publicado em 11/04/2022, às 00h00 - Atualizado em 12/04/2022, às 08h23


A jovem Julia Mendes, de 21 anos, acusou seguranças do Metrô de terem-na agredido na noite deste domingo (10) na estação Sapopemba da Linha 15–Prata do monotrilho, na Zona Leste de São Paulo. Segundo Julia, a agressão aconteceu após ela entrar no banheiro feminino. Funcionárias da limpeza que trabalhavam no local teriam chamado a segurança e relatado que havia um homem no ambiente.

“Dois seguranças entraram dentro do banheiro feminino e me abordaram de uma forma muito brusca, dando socos na porta, de uma forma violenta. Eu abri a porta, e ele vê que a situação não era aquela. E, mesmo ele vendo que não era a situação que ele foi averiguar, em nenhum momento ele recua”, disse Julia.

Ativistas de direitos LGBTQIA+ relatam que agressões a mulheres desfeminilizadas, ou seja, que não se encaixam em padrões de feminilidade, durante o uso de banheiros públicos, são comuns. Elas enfrentam insegurança e medo de serem socialmente lidas como homens em certos ambientes.

Os amigos da jovem disseram que estavam tentando entender o que tinha ocorrido quando foram agredidos por um segurança do Metrô. Em um vídeo que eles gravaram, é possível ver um agente atingindo com um tapa uma mulher que filmava a discussão.

Em uma publicação nas redes sociais, o coletivo Máfia das Minas, do qual a vítima faz parte, disse que Julia foi alertada por funcionárias da limpeza ao entrar no banheiro feminino.

“Duas funcionárias da limpeza confundem Julia com um menino e a chamam várias e várias vezes, [dizendo] que ali não é o seu banheiro. Julia olha para trás, fazendo contato visual com elas, para [elas] entenderem que ela está ciente do banheiro que está entrando”, disse o coletivo, no post.

Julia disse que procurou a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) da Polícia Civil de São Paulo nesta segunda-feira (11) para reportar a agressão.

Em nota, o Metrô de SP declarou que o segurança envolvido foi afastado e que o caso está sendo apurado.

“A empresa não compactua com nenhuma ação discriminatória e não vai tolerar qualquer desvio de conduta de seus funcionários”, disse, em nota.

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G1
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