A mãe do menino de quatro anos, que foi esquecido dentro de uma escola municipal de educação infantil, em José Bonifácio (SP) na segunda-feira (15), diz que o comportamento do filho mudou após o episódio e ele não quer mais voltar às aulas. “Foi um susto muito grande para ele. Depois que ficou preso na escola não fica mais sozinho em lugares fechados e está com medo de voltar para a escola. Ele está muito traumatizado”, diz a mãe Geaine Paula de Santana.
Ela afirma que a criança evita tocar no assunto em casa e que a única maneira dele se distrair é brincando. A família está acostumada a esperar o filho chegar em casa sempre no mesmo horário, mas conta que na segunda-feira a rotina foi diferente.
“Ele não chegou no horário de costume. Liguei para o meu vizinho e os filhos dele já estavam em casa. Foi aí que liguei para o motorista e ele me disse que alguém tinha passado na escola mais cedo e levado meu filho embora. Entrei em desespero”, diz a mãe.
Segundo o boletim de ocorrência registrado pela família, o menino foi esquecido na escola municipal de educação infantil onde estuda, no bairro Broncatti. Tudo aconteceu na saída dos alunos do período da tarde. Enquanto as crianças esperavam o ônibus para ir embora, o monitor da escola não viu que o menino entrou novamente na escola. Ele ficou por mais de quatro horas trancado dentro do banheiro. “Ele estava muito assustado e abatido, com os olhos vermelhos de tanto chorar. Quando ele me viu não falava nada. Eu fui até ele e o peguei no colo”, afirma Geaine.
“Abrimos uma sindicância interna e vamos apurar os fatos, mesmo que seja para orientação dos funcionários. A sindicância não é algo só punitivo, também pode servir como orientação para os funcionários ficarem atentos com os alunos”, afirma a secretária.
A família está indignada com o que aconteceu. “Foi uma irresponsabilidade da escola e dos funcionários. Foi uma imprudência, como ninguém coloca meu filho dentro do ônibus para voltar para casa. Foi uma irresponsabilidade muito grande”, afirma a mãe.
A escola atende crianças de 4 a 5 anos. O caso é investigado pela Polícia Civil e a Secretaria de Educação disse que mantém sindicância aberta para apurar o que aconteceu.