O empresário Joesley Batista, da J&F, e outros ex-executivos do grupo presos em operação da Polícia Federal na semana passada, deixaram, na noite desta
Redação Publicado em 13/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h23
O empresário Joesley Batista, da J&F, e outros ex-executivos do grupo presos em operação da Polícia Federal na semana passada, deixaram, na noite desta segunda-feira (12), a sede da PF em São Paulo.
Batista, Ricardo Saud e Demilton de Castro foram presos em São Paulo na sexta-feira (9) pela Operação Capitu, desdobramento da Lava Jato.
Florisvaldo Oliveira, ex-funcionário do grupo, se entregou à polícia só no sábado. Além deles, outros dois presos na operação também foram soltos: Marcelo Pires Pinheiros e Fernando Manoel Pires Pinheiro.
Eles estavam em prisão temporária, que venceria nesta terça-feira, mas foram beneficiados com decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)da tarde desta segunda.
A Operação Capitu investiga suspeita de que a JBS, do grupo J&F, pagou propina para políticos do MDB. O pagamento teria sido feito em troca de medidas a favor da empresa no Ministério da Agricultura em 2014 e 2015, governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Ao todo, 16 pessoas foram presas no país pela operação.
No despacho que autorizou as prisões na sexta-feira, a desembargadora Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), disse que os executivos da J&F ocultaram “fatos relevantes” nas delações premiadas.
Ao conceder a liberdade aos executivos nesta segunda, o ministro do STJ Nefi Cordeiro atendeu pedido da defesa de Joesley para estender a eles os efeitos de uma decisão que, no domingo (11), já havia soltado o ex-secretário de Defesa Agropecuária Rodrigo Figueiredo, também preso na operação.
Na decisão, Cordeiro disse que os fatos atribuídos aos delatores são antigos e não justificariam as prisões.
A Operação Capitu se baseou na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB. Em sua delação, Funaro disse que a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, deu R$ 30 milhões para o MDB, sendo R$ 15 milhões para a Executiva Nacional e mais R$ 15 milhões para o diretório em Minas. O esquema, segundo as investigações, operou entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015.
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