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Jean-Claude Arnault, pivô do escândalo do Nobel de Literatura, é condenado por estupro

Um tribunal sueco condenou por estupro, nesta segunda-feira (dia 1º), o homem que está no centro de um escândalo que abalou a academia que concede o Prêmio

Jean-Claude Arnault, pivô do escândalo do Nobel de Literatura, é condenado por estupro
Jean-Claude Arnault, pivô do escândalo do Nobel de Literatura, é condenado por estupro

Redação Publicado em 01/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h30


Fotógrafo e diretor artístico foi sentenciado a dois anos de prisão. Ele é casado com uma integrante da Academia Sueca, que cancelou o prêmio em 2018 após o caso.

Um tribunal sueco condenou por estupro, nesta segunda-feira (dia 1º), o homem que está no centro de um escândalo que abalou a academia que concede o Prêmio Nobel de Literatura. Ele foi sentenciado a dois anos de prisão.

As acusações contra Jean-Claude Arnault fizeram com que membros da Academia Sueca renunciassem e obrigaram a organização a cancelar o prêmio de literatura deste ano, que seria anunciado neste mês.

Esse é o maior escândalo a atingir a academia desde sua fundação pelo rei sueco há mais de 200 anos.

Arnault, de 72 anos, se declarou inocente de duas acusações de estupro em uma corte de Estocolmo, que o absolveu de uma das alegações. O advogado de Arnault, Bjorn Hurtig, não estava disponível de imediato para comentar.

Arnault, que é casado com uma integrante da Academia Sueca e trabalhou como fotógrafo profissional e diretor artístico, disse não ser a fonte dos vazamentos dos nomes de alguns vencedores anteriores do prêmio.

Como o número de membros da Academia foi reduzido a 10 e os estatutos dizem que 12 são necessários para escolher novos integrantes, a ex-secretária permanente Sara Danius e dois outros ex-membros se disseram dispostos a participar de votações importantes, como preencher as cadeiras vagas.

A Fundação Nobel pode impedir a Academia Sueca de conceder o prestigioso prêmio de literatura se a organização não fizer outras mudanças após o escândalo sexual, afirmou o chefe da fundação à Reuters na sexta-feira (28).

O veredicto coincide com os anúncios do Prêmio Nobel deste ano.

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