O Japão e a Austrália anunciaram hoje (23) sanções contra a Rússia e os territórios separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, que o presidente Vladimir
Redação Publicado em 23/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h50
O Japão e a Austrália anunciaram hoje (23) sanções contra a Rússia e os territórios separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, que o presidente Vladimir Putin reconheceu na segunda-feira (21) como independentes.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o governo vai proibir novas emissões e distribuição de títulos de dívida soberana russa no Japão, em resposta às “ações na Ucrânia”.
Kishida afirmou que o país também vai proibir o comércio com Lugansk e Donetsk, suspender a emissão de vistos para pessoas ligadas às duas regiões do leste da Ucrânia e congelar seus bens no Japão.
O premiê adiantou que as sanções vão entrar em vigor “o mais depressa possível”. Segundo ele, o Japão está preparado para adotar medidas adicionais, se a situação piorar, em coordenação com os demais países-membros do G7.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou sanções contra instituições bancárias como o VEB, um dos maiores bancos de investimento e desenvolvimento da Rússia, e o banco militar do país, entre outros.
A Austrália também vai impor sanções contra indústrias de diversos setores, como energia, mineração e hidrocarbonetos, das regiões de Donestsk e Lugansk, que passam ainda a ser atingidas por sanções impostas em 2011 à Crimeia e a Sebastopol, então ocupadas pela Rússia.
Morrison disse que a Austrália vai proibir ainda a entrada e aplicar sanções financeiras a oito membros do conselho de segurança da Rússia, órgão que reúne os principais decisores do país, especialmente os líderes do Exército e dos serviços secretos.
Tanto Morrison quanto Kishida condenaram a decisão russa, que consideram violação da soberania e da integridade territorial ucraniana, bem como do direito internacional.
Kishida garantiu que o Japão fará tudo para proteger os japoneses que ainda estão na Ucrânia, apesar de Tóquio ter, há dez dias, aconselhado seus cidadãos a deixar o país.
Morrison lembrou que ainda há cerca de 1.400 australianos vivendo na Ucrânia e que determinou o processamento urgente dos pedidos de vistos apresentados por ucranianos, incluindo estudantes.
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RTP
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