Diário de São Paulo
Siga-nos

Japão condena americanos que ajudaram Carlos Ghosn a fugir

Dois americanos foram condenados nesta segunda-feira (19) por um tribunal de Tóquio por terem ajudado o brasileiro Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault e

Japão condena americanos que ajudaram Carlos Ghosn a fugir
Japão condena americanos que ajudaram Carlos Ghosn a fugir

Redação Publicado em 19/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h43


Dois americanos foram condenados nesta segunda-feira (19) por um tribunal de Tóquio por terem ajudado o brasileiro Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault e da Nissan, a fugir do Japão no fim de 2019.

Michael Taylor, de 60 anos, foi condenado a dois anos de prisão e seu filho Peter Taylor, de 28 anos, a um ano e oito meses. Eles podiam ser sentenciados a até três anos.

Em junho, eles admitiram pela primeira vez ter ajudado na fuga. O libanês George-Antoine Zayek, também é acusado pela promotoria japonesa, mas segue foragido.

Os Taylor foram detidos pela Justiça americana em maio de 2020, com base em uma ordem de prisão japonesa, e extraditados em março deste ano. Eles chegaram a recorrer à Suprema Corte dos EUA para evitar a extradição, alegando que poderiam enfrentar condições similares à tortura no Japão.

Michael é um veterano do exército americano e ex-membro das forças especiais do país.

Fuga de Ghosn

Carlos Ghosn, que comandou Nissan e Renault, conta à BBC como conseguiu fugir do Japão escondido dentro de uma caixa de instrumento musical — Foto: Reuters
Carlos Ghosn, que comandou Nissan e Renault, conta à BBC como conseguiu fugir do Japão escondido dentro de uma caixa de instrumento musical — Foto: Reuters

Carlos Ghosn fugiu do Japão escondido em uma caixa de equipamento de som. Ele tem nacionalidade brasileira, libanesa e francesa e havia sido detido em 2018 em Tóquio por acusações de irregularidades financeiras.

Ele estava em liberdade condicional e aguardava o julgamento quando conseguiu escapar das autoridades japonesas em 29 de dezembro de 2019 e embarcar em um avião privado para o Líbano, que não extradita seus cidadãos.

Ele primeiro usou o Shinkansen, o trem de alta velocidade japonês, para ir de Tóquio a Osaka. Depois, evitou o controle alfandegário do aeroporto internacional de Kansai, pois na época a inspeção de bagagem não era obrigatória para passageiros de voos privados.

O avião seguiu para Istambul, na Turquia, onde o ex-executivo da Nissan e da Renault embarcou em outra aeronave alugada e viajou até Beirute. Ele nega as acusações e diz que fugiu para se livrar da perseguição da Justiça japonesa.

.

.

.

G1

Compartilhe  

últimas notícias