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Internações por Covid-19 caem e SP avança para fase vermelha, mas ritmo atual ainda é similar ao do início da fase emergencial

Veja no gráfico abaixo as taxas de novas internações e as fases correspondentes no Plano São Paulo, com destaque para os indicadores nos dias de mudança de

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Redação Publicado em 10/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h06


Fase emergencial será encerrada neste domingo (11). Entretanto, internações na capital estão no mesmo ritmo de quando foi implementada. Nesta sexta, SP chegou a 2.715 novas internações por dia, contra 2.732 internações diárias em 15 de março.

A partir de segunda-feira (12) o estado de São Paulo sai da fase emergencial e volta para a fase vermelha da quarentena. O governo estadual afirma que a mudança foi motivada pela queda nas novas internações por Covid-19. Os índices atuais, no entanto, são apenas ligeiramente menores do que os registrados quando o governo criou o termo “fase emergencial” e estabeleceu pela primeira vez essa fase mais restritiva, em meados de março.

Nesta sexta-feira (9) o estado chegou a uma média diária de 2.715 novas internações por dia, ligeiramente menor do que quando entramos na fase emergencial. No dia 15 de março, quando o governo criou a fase emergencial, eram 2.732 internações diárias.

Veja no gráfico abaixo as taxas de novas internações e as fases correspondentes no Plano São Paulo, com destaque para os indicadores nos dias de mudança de fase:

Nesta semana, o estado registrou novo recorde de mortes em 24 horas: foram 1.389 na terça-feira. Na quinta (8), São Paulo ultrapassou a marca de 80 mil mortes desde o início da pandemia. Apesar dos números, a gestão de João Doria (PSDB) considerou ser possível flexibilizar e permitir o funcionamento de alguns setores considerados essenciais.

Internações na capital

Na cidade de São Paulo, o ritmo de internações também caiu nos últimos dias, mas segue muito próximo do verificado no início da fase emergencial e superior ao registrado no começo de março, quando foi estabelecida a fase vermelha.

Paciente com Covid-19 tem máscara de oxigênio ajustada em UTI de hospital em São Paulo em 8 de abril de 2021 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Paciente com Covid-19 tem máscara de oxigênio ajustada em UTI de hospital em São Paulo em 8 de abril de 2021 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

No início da fase emergencial, em 15 de março, a capital tinha uma média de 868 internações diárias por Covid-19. Nesta sexta, a média é praticamente igual, com 860 novos pacientes internados ao dia.

O número atual representa um avanço em relação ao recorde verificado em 26 de março, quando 1.116 pessoas davam entrada em leitos da capital com sintomas da Covid-19. Apesar disso, a média desta sexta é superior ao pico do ano passado, em junho, quando 830 internações ocorriam por dia.

Fim da fase emergencial

O estado de São Paulo retorna na segunda-feira (12) à fase vermelha da quarentena, que permanecerá em vigor até 18 de abril.

Na prática, a mudança permite o retorno das atividades presenciais nas escolas das redes pública e privada, desde que autorizadas pelas prefeituras, além da abertura de alguns serviços que estavam vetados e a retomada de competições esportivas profissionais. Já o atendimento presencial em comércios, bares e restaurantes segue proibido em todo o estado.

Algumas restrições da fase emergencial, como o toque de recolher das 20h às 5h, foram mantidas na fase vermelha. O cumprimento da restrição continua a ser fiscalizado por uma força-tarefa composta por integrantes das vigilâncias sanitárias, da Polícia Militar e do Procon.

O que muda:

  • Escolas poderão receber alunos presencialmente, desde que autorizadas pelas prefeituras e com até 35% dos alunos matriculados a cada dia;
  • Competições esportivas profissionais, como o Campeonato Paulista de Futebol, podem retornar, sem público;
  • Serviços de retirada (take-away) dos restaurantes e funcionamento de lojas de material de construção, embora já estivessem permitidos por meio de liminar judicial, agora passam a ser autorizados pela gestão estadual.

O que permanece:

  • Proibição de cultos religiosos presenciais;
  • Teletrabalho (home office) obrigatório para escritórios, atividades administrativas, repartições públicas, serviços de telecomunicações ou de tecnologia da informação (TI);
  • Recomendação do escalonamento de horários alternados para os setores de serviços, comércio e indústria;
  • Toque de recolher das 20h às 5h.

O que pode funcionar na fase vermelha?

  • Escolas e universidades (cursos da área da saúde);
  • Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários);
  • Supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres;
  • Delivery, retirada (take-away) e drive-thru para bares, lanchonetes e restaurantes;
  • Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção;
  • Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos;
  • Serviços de segurança pública e privada;
  • Construção civil e indústria;
  • Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
  • Outros serviços: igrejas e estabelecimentos religiosos, lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.

O que não pode funcionar na fase vermelha?

  • Academias;
  • Cultos, missas e celebrações em igrejas e templos religiosas;
  • Salões de beleza;
  • Cinemas;
  • Teatros;
  • Shoppings;
  • Lojas de rua com atendimento presencial;
  • Concessionárias de veículos;
  • Escritórios administrativos;
  • Parques;
  • Clubes.
VÍDEO: Veja o que muda com o retorno à fase vermelha em SP

Veja o que muda com o retorno à fase vermelha em SP

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Fonte: G1 – Globo.

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