Infantino volta a defender Copa a cada dois anos: “Temos Super Bowl e Champions todo ano”

Durante evento em Israel, presidente da Fifa reforça sua vontade de reduzir intervalo entre os Mundiais: “O prestígio de um evento depende de sua qualidade, não de sua frequência”

Uma Copa do Mundo realizada a cada dois anos não vai diluir a “magia” do torneio. É o que pensa Gianni Infantino, presidente da Fifa. Em evento nesta terça-feira em Jerusalém, o dirigente voltou a defender a ideia de realizar a competição a cada dois anos. E citou outros torneios para dizer que a mudança é viável.

“O prestígio de um evento depende de sua qualidade, não de sua frequência. Temos o Super Bowl todo ano, Wimbledon, ou a Liga dos Campeões todo ano, e todos ficam empolgados esperando por eles”, afirmou Infantino.

Presidente da Fifa, Gianni Infantino (centro), conversa com bilionário israelense-canadense Sylvan Adams (esq) e ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, em evento em Jerusalém — Foto: Menahem Kahana/AFP

A Fifa está conduzindo um estudo de viabilidade sobre as questões práticas que envolveriam a realização de uma Copa do Mundo a cada dois anos. A proposta foi recebida com críticas ferozes por várias confederações, clubes, jogadores e grupos de torcedores.

Uefa e Conmebol se posicionaram contra a mudança. Mas Gianni Infantino acredita que ainda há espaço para discussão.

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– Uma Copa do Mundo com 48 equipes (a partir de 2026) já foi decidida. Se ela acontecerá a cada dois ou quatro anos, isso está em processo de avaliação. Definitivamente acredito em termos mais eventos prestigiosos, seja a Copa do Mundo ou qualquer outra coisa (…) precisamente porque ser um torneio mágico talvez seja a razão para acontecerem com mais frequência – declarou o presidente da Fifa.

Chefe do Desenvolvimento Global da Fifa, o ex-técnico do Arsenal, Arsène Wenger, lidera o projeto. Nos últimos dias, a entidade tem divulgado entrevistas e opiniões do seu time de lendas, como os ex-jogadores Ronaldo, Roberto Carlos e Trezeguet, que são favoráveis às propostas.

A Fifa vai organizou um debate online com as associações nacionais para discutir o tema. Qualquer mudança, se aprovada, deve ser a partir de 2026.

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