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Indicador de Incerteza da Economia recua 6,4 pontos em abril

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 6,4 pontos em abril para 114,9 pontos (pts), menor nível desde janeiro de 2020 (112,9 pts), período

Indicador de Incerteza da Economia recua 6,4 pontos em abril
Indicador de Incerteza da Economia recua 6,4 pontos em abril

Redação Publicado em 29/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 18h36


Índice atinge menor nível desde janeiro de 2020, diz FGV

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 6,4 pontos em abril para 114,9 pontos (pts), menor nível desde janeiro de 2020 (112,9 pts), período anterior à pandemia de covid-19 no país. O índice foi divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).Indicador de Incerteza da Economia recua 6,4 pontos em abrilIndicador de Incerteza da Economia recua 6,4 pontos em abril

Segundo a economista do Ibre/FGV, Anna Carolina Gouveia, com o resultado de abril, o indicador retornou ao patamar anterior à pandemia pela primeira vez desde o início da crise sanitária. “Um nível bastante inferior ao dos piores momentos da crise, mas ainda elevado em termos históricos. A convergência a este patamar ocorre exatamente dois anos após o pior momento da crise, e reflete em grande medida a sensação de que a pandemia estaria sob controle”, disse ela, em nota.

A economista acrescentou que o resultado também foi influenciado por uma visão menos pessimista em relação ao impacto potencial de curto prazo do conflito entre Rússia e Ucrânia no país.

Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam em sentidos opostos em abril. O componente de mídia caiu 8,3 pontos, para 113,6 pontos, menor nível desde fevereiro de 2020 (113 pts). A queda deste componente contribui negativamente em 7,2 pontos para o índice agregado. “Já o componente de expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 3,8 pontos, para 114 pontos, contribuindo positivamente em 0,8 ponto para a evolução na margem do IIE-Br”, informou a FGV.

“A tendência do IIE-Br para os próximos meses dependerá da continuidade da sensação de retorno à normalidade pré-pandemia e dos desdobramentos das tensões geopolíticas. Seguirão também no radar nos próximos meses fatores como a inflação e as eleições presidenciais”, afirmou Anna Carolina.

De acordo com a economista, a alta do componente de Expectativa foi motivada pelo aumento da dispersão das previsões dos especialistas de mercado para a inflação e o câmbio.

“A política monetária do Banco Central de alta dos juros tem sinalizado fortemente seu objetivo em conter a inflação, porém a alta dos preços mundiais, motivada pela pandemia e intensificada pela guerra na Ucrânia, pode ter influenciado na maior heterogeneidade das previsões no horizonte de 12 meses. O cenário externo, com temas como o conflito na Ucrânia, e a política monetária dos Estados Unidos, também podem estar influenciando na maior dispersão das previsões do câmbio.”

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Agencia Brasil

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