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Incidência de SRAG se mantém estável, aponta Fiocruz

A incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população brasileira se manteve estável, segundo pesquisa divulgada hoje (18) pela

Incidência de SRAG se mantém estável, aponta Fiocruz
Incidência de SRAG se mantém estável, aponta Fiocruz

Redação Publicado em 19/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h04


Síndrome é um dos principais parâmetros para acompanhar a pandemia

A incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população brasileira se manteve estável, segundo pesquisa divulgada hoje (18) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A SRAG é um dos principais parâmetros para acompanhar a pandemia da covid-19, já que o vírus SARS-CoV-2 foi o principal causador das síndromes respiratórias graves virais ao longo de 2020 e 2021. Incidência de SRAG se mantém estável, aponta FiocruzIncidência de SRAG se mantém estável, aponta Fiocruz

Segundo a análise, divulgada no Boletim InfoGripe, a incidência de SRAG na população adulta se mantém nos menores patamares desde o início da pandemia, enquanto as crianças até 9 anos de idade continuam a apresentar crescimento no número de diagnósticos. A alta da SRAG entre as crianças, porém, não é causada pelo SARS-CoV-2, e predomina nessa faixa etária a infecção pelo vírus sincicial respiratório.

Os pesquisadores explicam que esse aumento da SRAG causada por outros vírus está relacionado à maior exposição das crianças nos últimos meses. De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, “a situação reforça a importância da revisão dos protocolos adotados no ambiente escolar, como avaliação da capacidade de ventilação e circulação de ar nas salas de aula, bem como distribuição e uso consciente de máscaras adequadas (PFF2)”.

O boletim mostra que a maioria das capitais está em macrorregiões de saúde com nível alto ou muito alto de transmissão comunitária do SARS-CoV-2. A transmissão comunitária se refere à circulação do vírus em uma população sem a necessidade de contágio de outras regiões. Nenhuma das 118 macrorregiões de saúde do Brasil apresentou transmissão comunitária extremamente alta.

Segundo a análise, dez unidades federativas estão com sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) para a síndrome respiratória: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Sergipe.

Já na tendência de curto prazo (últimas três semanas), Rio de Janeiro e Santa Catarina apresentam aumento puxado pelo crescimento da SRAG na população infantil, pressão que também ocorre em São Paulo e Distrito Federal. Em Minas Gerais e no Tocantins, o crescimento da SRAG entre as crianças já se reflete em um aumento de tendência de longo prazo.

O boletim informa que o estado do Rio Grande do Norte é a única exceção, com sinal de crescimento ao longo do mês de outubro nos grupos com idades entre 50 anos e 79 anos de idade e entre 20 anos e 29 anos de idade. Os pesquisadores indicam que a capital, Natal, também requer atenção, apesar de ter crescimento lento na tendência.

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Agência Brasil

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