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Igreja Universal foi usada para lavar dinheiro da prefeitura do Rio, diz MP

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou ter encontro indícios de “bilionárias movimentações atípicas” da Igreja Universal do Reino de

Igreja Universal foi usada para lavar dinheiro da prefeitura do Rio, diz MP
Igreja Universal foi usada para lavar dinheiro da prefeitura do Rio, diz MP

Redação Publicado em 12/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 21h29


Prefeito da capital carioca, Marcelo Crivella, é bispo licenciado pela IURD e tem forte ligação com a entidade

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou ter encontro indícios de “bilionárias movimentações atípicas” da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). O órgão disse ainda que a entidade religiosa era utilizada para lavagem de dinheiro da administração do Rio.

A informação foi dada pelo G1 . A análise do MPRJ está em um documento com 262 páginas que foi assinado no dia 2 de setembro. O arquivo foi enviado pelo Subprocurador-Geral da Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, Ricardo Ribeiro Martins.

Segundo o portal, o sub-procurador cita um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O relatório afirma que a igreja foi “objeto de comunicação em razão da identificação de movimentações financeiras de R$ 5.902.134.822,00”. As movimentações aconteceram entre maio de 2018 e abril de 2019.

G1 diz ainda que o relatório reuniu dados sobre CNPJ’s ligados à IURD e movimentações sobre a entrada e saída de dinheiro vivo e de outras transferências bancárias. O documento não detalha como acontecia a lavagem de dinheiro.

Entretanto, o sub-procurador destaca a existência de provas e a ligação do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) com a igreja. O mandatário da capital carioca é bispo licenciado pela IURD e teve sua campanha coordenada por Mauro Macedo, primo de Edir Macedo, o fundador da entidade.

Além do que foi pontuado no relatório, a coleta de mensagens de aparelhos celulares também são indícios do crime, segundo o sub-procurador. Vale mencionar que registros de movimentações atípicas em um RIF do COAF não configuram, necessariamente, um crime.

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IG

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