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Hospital do Rio diz que falta de luz não causou morte de paciente

A direção do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, referência no tratamento do novo coronavírus no Rio de Janeiro, informou que não existe qualquer relação

Hospital do Rio diz que falta de luz não causou morte de paciente
Hospital do Rio diz que falta de luz não causou morte de paciente

Redação Publicado em 09/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h21


Denúncia foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Rio

A direção do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, referência no tratamento do novo coronavírus no Rio de Janeiro, informou que não existe qualquer relação entre a morte do paciente Bernardo Reis dos Santos, de 24 anos, que estava internado no centro de terapia intensiva (CTI) da unidade há nove dias, com uso de respirador, e a falta de energia nessa sexta-feira (8) à tarde.

Houve uma queda de energia no hospital e, durante esse período, a bateria do respirador estava desligada e o paciente morreu. A denúncia foi feita pelo médico Alexandre Telles, que é presidente do Sindicato dos Médicos do Rio e faz parte do corpo clínico do hospital.

Segundo Telles, os geradores não ligaram imediatamente e somente oito minutos após a queda de energia, eles começaram a funcionar.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, “não há relação entre a queda de energia ocorrida na unidade com qualquer óbito no CTI”.

A nota diz ainda que “os equipamentos que estavam em uso pelos pacientes – respiradores, monitores e bombas infusoras – continuaram funcionando com suas baterias próprias”.

A secretaria informou que a falta de luz na unidade ocorreu às 13h19 e o gerador foi imediatamente acionado, levando 1 minutos e 25 segundos para entrar em operação. A Light, responsável pelo fornecimento de energia na cidade, também foi acionada imediatamente.

O diretor do Hospital Ronaldo Gazolla, Luiz Fernando Gandara, disse, em vídeo, que, de acordo com avaliação preliminar da unidade, a morte do paciente não foi decorrente dessa falta de luz”. Segundo ele, todos os equipamentos – monitor, respirador e bombas difusoras – que estavam com o paciente continuaram funcionando com suas baterias.

Gandara disse ainda que, no momento, há uma demanda técnica muito intensa, mas que o Hospital Ronaldo Gazolla está fazendo de tudo para ajudar a população da cidade.

Light

A concessionária informou que registrou uma interrupção, em consequência de projétil de bala (tiro) que atingiu a linha que abastece o hospital às 13h20. O fornecimento foi restabelecido às 14h02.

Em nota, a Light explicou que dentro do plano de priorização do atendimento de emergência a hospitais e clínicas,  o fornecimento foi restabelecido  no prazo mais curto possível.

“É importante ressaltar que o hospital tem dupla alimentação. Isso significa que eles recebem energia por dois cabos diferentes – o que foi atingido por bala e o outro que estava íntegro, funcionando normalmente. O hospital tem equipamento de transferência automática para, em caso de falta de energia, usar a outra linha da Light que estava funcionando normalmente”.

Em nenhum momento, segundo a concessionária, o hospital ficou sem entrega de energia, mas, por problemas internos, o hospital não conseguiu entrar com a energia.

AGENCIA BRASIL

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