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Hospital de Bilac continua fechado após impasse em reunião

O único hospital de Bilac (SP) vai continuar fechado e ainda sem uma certeza de quando vai voltar a funcionar. Isso porque prefeitura e os administradores do

Hospital de Bilac continua fechado após impasse em reunião
Hospital de Bilac continua fechado após impasse em reunião

Redação Publicado em 25/02/2017, às 00h00 - Atualizado às 11h36


Valor que municípios precisam repassar para hospital causa discussão.
Funcionários estão em greve e pacientes foram transferidos.

O único hospital de Bilac (SP) vai continuar fechado e ainda sem uma certeza de quando vai voltar a funcionar. Isso porque prefeitura e os administradores do hospital não chegaram a um acordo nesta sexta-feira (24).

Prefeitos e secretários de Saúde das quatro cidades atendidas pelo hospital se reuniram com representantes da associação que administra a unidade. A principal discussão: o valor que os municípios precisam repassar para o hospital reabrir. Segundo os administradores o gasto mensal é de R$ 180 mil.

Para a prefeitura de Bilac, que das quatro tem o maior número de habitantes, o repasse seria de R$ 66 mil. “Me comprometi a repassar e agora ficou para decidir as outras cidades, para reabrir o hospital não depende só da situação de Bilac”, afirma o prefeito Vitor Botini.

O fim da novela depende agora da resposta positiva dos outros três municípios: Gabriel Monteiro (SP), Piacatu (SP) e Santópolis do Aguapeí (SP), que teriam que repassar juntos mais de R$ 100 mil. O representante da associação que administra o hospital disse que uma nova decisão pode ser anunciada na próxima quarta-feira, quando deve acontecer outra reunião.

“Havendo a posição definitiva elaboramos o contrato e pedimos 10 dias para sentar com os funcionários que estão em greve e restabelecer as atividades”, afirma Marcos Alexandre Petrelli, diretor operacional da associação.

A reunião aconteceu no mesmo dia em que terminou o prazo da recomendação do Ministério Público para que as prefeituras resolvessem o problema. O promotor disse que representantes da prefeitura de Gabriel Monteiro protocolaram  um requerimento pedindo  mais dez dias de prazo para tentar encontrar uma solução. O promotor disse ainda que aguardava a posição das outras prefeituras.

O MP acompanha o caso desde agosto do ano passado. O inquérito civil já tem mais de três mil páginas e, há uma semana, os pacientes que estavam internados foram transferidos para hospitais da região e as portas da unidade fechadas.

O problema começou no fim de janeiro quando os funcionários do hospital entraram em greve por falta de pagamentos. Até semana passada a unidade ainda atendia das 7h às 19h casos de urgência e emergência, mas atualmente quem mora e, Bilac só tem atendimento de saúde na unidade básica da cidade que só  funciona durante o dia.  Segundo a prefeitura, ambulâncias estão de plantão 24 horas para levar os pacientes mais graves pra Birigui (SP).

O prefeito de Santópolis do Aguapeí disse, no fim da tarde, que a situação financeira da cidade o impede de ajudar no custeio do hospital e que vai passar a mandar os pacientes pra Santa Casa de Birigui, que já era um hospital de referência para o município.

A prefeitura de Gabriel Monteiro disse que ainda está estudando novas soluções para o problema, mas que não tem o dinheiro pedido pelos administradores do hospital. Com a saída de Santópolis do rateio, as prefeituras de Gabriel Monteiro e Bilac disseram que a situação fica ainda mais complicada. O prefeito de Piacatu não foi encontrado para falar sobre o assunto.

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