O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) se posicionou nesta quarta-feira (1º) contrariamente à flexibilização do
Redação Publicado em 01/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h50
O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) se posicionou nesta quarta-feira (1º) contrariamente à flexibilização do uso de máscaras em locais abertos e à realização do réveillon em espaços públicos.
A gestão João Doria (PSDB) havia anunciado o fim da obrigatoriedade do uso da máscara ao ar livre a partir de 11 de dezembro. Na terça-feira (30), contudo, após a confirmação dos da variante ômicron em São Paulo, o governador solicitou uma nova avaliação do comitê científico.
“Talvez seja um momento de um pouco mais de cautela até que novas e melhores informações dessa nova variante estejam colocadas”, disse nesta manhã o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, na coletiva em que a associação apresentou um balanço da pandemia do coronavírus nos hospitais particulares do estado.
“Ainda dentro desse raciocínio, me parece que seria mais prudente que nós tivéssemos esse réveillon concentrados nas nossas casas, em pequenos grupos, sem nos arriscarmos em um ambiente ainda tão heterogêneo. Como solicitar que dois milhões de pessoas apresentem certificados vacinais?”, continuou.
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou os primeiros três casos de infecção pelo coronavírus com a nova variante, todos em São Paulo. Ainda não há muitas informações sobre a ômicron, mas ela já foi definida pela Organização Muncial da Saúde (OMS) como uma “variante de preocupação” e ministros da Saúde do G7, o grupo dos países mais desenvolvidos, disseram que ela é altamente transmissível.
Pelo país, prefeituras de ao menos 11 capitais brasileiras anunciaram cancelamento total ou parcial das festas de réveillon por conta da Covid: Campo Grande, Florianópolis, João Pessoa, Fortaleza, Palmas, Recife, Salvador, São Luís, Brasília, Aracaju e Belém.
Na capital paulista, antes da confirmação dos casos com a variante, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que a festa estava mantida na Avenida Paulista.
Apesar da mudança no panorama com a chegada da ômicron, os hospitais privados de São Paulo se dizem preparados para uma eventual nova onda da doença devido ao investimento feito na infraestrutura das unidades de saúde e da adesão das pessoas à vacina.
“Nós não fechamos leitos. Na maior parte dos casos, nós desmobilizamos os leitos que estavam sendo utilizados. Se a reversão tiver que ser feita, ela é possível muito rapidamente”, afirmou Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, acrescentando que “nada indica ainda que a gente tenha uma onda ou na expectativa de uma onda que aumente os casos de internação”.
“Além disso, existe uma paixão nacional que se chama vacina. Nós já temos praticamente 80% da população brasileira adulta com dois vacinas. Isso é um show do ponto de vista mundial. A gente sai hoje no dia a dia, as pessoas usam máscara, se comportam adequadamente, incorporaram hábitos de higiene sanitária que não tínhamos”, completou.
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