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Holanda tem 2ª noite de protestos violentos contra lockdown e medidas de restrição

A polícia holandesa informou, neste domingo (21), que 19 pessoas foram detidas, após uma segunda noite de protestos violentos contra as últimas medidas

Holanda tem 2ª noite de protestos violentos contra lockdown e medidas de restrição
Holanda tem 2ª noite de protestos violentos contra lockdown e medidas de restrição

Redação Publicado em 21/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h42


Segundo a polícia, 19 pessoas foram detidas em Haia após confronto. Milhares de pessoas também tomaram as ruas na Bélgica neste domingo (22) contra as restrições impostas para controlar a pandemia.

A polícia holandesa informou, neste domingo (21), que 19 pessoas foram detidas, após uma segunda noite de protestos violentos contra as últimas medidas sanitárias implementadas pelo governo para conter a pandemia da Covid-19.

Em Haia, vários policiais da tropa de choque investiram contra grupos de manifestantes que atiravam pedras e outros objetos nos agentes em um bairro popular. De acordo com um comunicado divulgado pela polícia da capital, foi usado um canhão d’água para apagar um incêndio de bicicletas em um movimentado cruzamento de ruas.

Durante os confrontos, os policiais do Batalhão de Choque tiraram uma mulher de um carro, cujos ocupantes haviam gritado insultos contra as forças da ordem, e levaram-na para uma caminhonete, observou um jornalista da AFP.

Os protestos contra as restrições sanitárias pela pandemia da Covid-19 voltaram a terminar em tumultos na noite de sábado (20), na Holanda, em Haia em particular, onde cinco policiais ficaram feridos.

Incêndio em rua de Haia, durante protesto contra medidas de restrição e lockdown na Holanda, na noite de 20 de novembro — Foto: Danny KEMP / AFP

Incêndio em rua de Haia, durante protesto contra medidas de restrição e lockdown na Holanda, na noite de 20 de novembro — Foto: Danny KEMP / AFP

Um dia antes, a violência na cidade portuária de Rotterdam teve um balanço de 51 detidos e três pessoas baleadas.

Também houve atos violentos em Urk, uma pequena cidade protestante localizada no centro do país, e em várias cidades da província de Limburg, ao sul.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou há uma semana a reintrodução de um lockdown parcial junto com uma série de restrições sanitárias, especialmente no setor de restaurantes, para impedir a propagação de covid-19. Os bares e restaurantes devem fechar às 20h, pelo menos até 4 de dezembro.

Protesto também em outros países

Milhares de pessoas também tomaram as ruas de Bruxelas, na Bélgica, neste domingo (22) contra as restrições impostas para controlar a pandemia, especialmente a adoção do passe sanitário.

A polícia usou canhão de água para dispersar manifestantes que ao final do protesto.

Polícia usa canhão de água contra os manifestantes durante protesto neste domingo em Bruxelas, na Bélgica. — Foto: Olivier Matthys/AP Photo

Polícia usa canhão de água contra os manifestantes durante protesto neste domingo em Bruxelas, na Bélgica. — Foto: Olivier Matthys/AP Photo

A Bélgica estendeu o uso obrigatório de máscaras a partir dos 10 anos e decidiu que o teletrabalho é obrigatório, na tentativa de controlar uma nova onda de casos de covid-19 no país.

As restrições impostas por vários governos europeus para conter a nova onda de covid-19 tem levado, nos últimos dias, milhares de pessoas a protestarem nas ruas não apenas na Bélgica e Holanda, mas também da Áustria, Irlanda do Norte, Itália, Suíça e Croácia.

No sábado, milhares de manifestantes se reuniram em Viena para protestar contra o novo lockdown nacional anunciado pelo governo para conter o avanço da Covid-19. A Áustria se tornou o primeiro país do continente europeu a reinstaurar um confinamento nacional. A medida vale a partir da próxima segunda-feira (22) e ocorre dias depois de o governo austríaco ter imposto um confinamento aos não vacinados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que está “muito preocupada” com o aumento de casos de covid-19 na Europa, que vive uma nova onda de infecções pelo coronavírus. Em entrevista à BBC, Hans Kluge, diretor regional da OMS, disse que 500 mil novas mortes podem ocorrer até março, se medidas urgentes não forem adotadas.

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G1
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