Diário de São Paulo
Siga-nos

Hamilton mostra empatia com Verstappen e quer ser bom exemplo para Russell

Lewis Hamilton encara um choque de gerações na Fórmula 1 em 2021: seu rival pelo título, Max Verstappen, tem metade de seus 14 anos de carreira, cenário

Hamilton mostra empatia com Verstappen e quer ser bom exemplo para Russell
Hamilton mostra empatia com Verstappen e quer ser bom exemplo para Russell

Redação Publicado em 25/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h14


Aos 36 anos, heptacampeão da Mercedes enfrenta rival mais jovem na briga pelo título da F1 em 2021 e terá, no próximo ano, colega de equipe 13 anos mais novo

Lewis Hamilton encara um choque de gerações na Fórmula 1 em 2021: seu rival pelo título, Max Verstappen, tem metade de seus 14 anos de carreira, cenário semelhante à Mercedes de 2022, na qual ele terá como novo colega de equipe George Russell, de 23 anos. E enquanto mostra compreensão pelo arrojo natural da juventude do adversário da RBR, o heptacampeão revelou o desejo de ser também uma referência para o futuro companheiro.

– Ele (Verstappen) é super rápido e vai ficar cada vez mais forte à medida que amadurece, o que sem dúvida ele fará. Veja como eu era aos 24, 25 anos. Puxa, os erros que eu cometia… Eu era rápido, mas passei por muita coisa, também por estar no centro das atenções. Não acho que me saí tão bem naquela época, então não vou culpar ou me zangar com ninguém nessa situação – disse Hamilton.

Lewis Hamilton e Max Verstappen no pódio do GP de São Paulo da F1 — Foto:  Clive Mason - Formula 1/Formula 1 via Getty ImageS

Lewis Hamilton e Max Verstappen no pódio do GP de São Paulo da F1 — Foto: Clive Mason – Formula 1/Formula 1 via Getty ImageS

A dupla vive momentos distintos na categoria: enquanto Verstappen busca o primeiro título da carreira e da Holanda, Hamilton pode se tornar o maior campeão da história caso fature o octacampeonato em 2021.

Na pista, porém, eles viveram alguns momentos de atrito. Protagonizaram lances acirrados, o mais recente em uma espalhada do holandês sobre o piloto da Mercedes no GP de São Paulo, e ainda tiveram duas colisões, na Inglaterra e na Itália.

Na disputa em Silverstone, Verstappen chegou a usar as redes sociais para criticar diretamente o rival por comemorar a vitória na prova enquanto ele estava no hospital passando por uma bateria de exames após o choque, o que potencializou a tensão do incidente.

Max Verstappen e Lewis Hamilton disputam liderança do GP de São Paulo na volta 48 — Foto: XPB Images

Max Verstappen e Lewis Hamilton disputam liderança do GP de São Paulo na volta 48 — Foto: XPB Images

Porém, em geral, a animosidade é incomum nas falas das duplas – papéis que os chefes da Mercedes e RBR, respectivamente Toto Wolff e Christian Horner, assumiram em defesa de seus pilotos.

– Eu tenho 36 anos. Estou fazendo isso há muito tempo, então não é a primeira vez que me deparo com um piloto que tem sido bom e ruim em certos aspectos. É só que estou uma posição muito melhor para ser capaz de lidar com isso, especialmente estando no centro das atenções e nas pressões do esporte – adicionou Hamilton.

Parceiro novo

Com a ida de Valtteri Bottas para a Alfa Romeo em 2022, Hamilton passará a conviver com outro jovem: George Russell, atual piloto da Williams e que se junta à Mercedes na próxima temporada. Hamilton espera pelo compatriota com boas expectativas, apesar de prever que haverá disputa.

– George é extremamente respeitoso, um jovem supertalento. Já existe muito respeito entre nós, mas ele vai querer ser rápido, ganhar, e fazer todas as coisas que você faz quando entra em uma nova função. Lembro-me de 2007, quando enfrentei Alonso, então agradeço e também espero que George tenha essa mentalidade. Do contrário, ele não é um vencedor, sabe? – observou o heptacampeão.

Lewis Hamilton e George Russell no pódio do GP da Bélgica — Foto: XPB Images/PA Images

Lewis Hamilton e George Russell no pódio do GP da Bélgica — Foto: XPB Images/PA Images

Ciente de que pode ter que lidar com algum tipo de atrito entre os dois, Toto Wolff já garantiu que trabalhará para evitar que o clima fique ruim dentro da equipe, algo que o time já vivenciou entre 2014 e 2016, ano da intensa rivalidade de Hamilton com Nico Rosberg.

Apesar disso, Hamilton já declarou torcida para Russell e espera não apenas que o compatriota o substitua adequadamente em um futuro próximo na F1, mas que o novo colega possa aprender de sua experiência na categoria:

– Realmente quero que ele tenha sucesso. Chegará um ponto em que não continuarei neste esporte, enquanto ele será meu companheiro de equipe e o próximo britânico que eu quero ver ganhar um campeonato mundial. Então, enquanto competirmos, eu quero vencer, mas espero pode ser uma influência positiva para ele no comportamento dentro da equipe, no tempo que dedica à engenharia, como pilota ou como passa o tempo.

.

.

.

Globo Esporte

Compartilhe  

últimas notícias