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Haddad faz campanha em Goiânia e promete fortalecer a agricultura familiar e a Embrapa

O candidatado à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (28) que, se eleito, pretende fortalecer a agricultura familiar e a

Haddad faz campanha em Goiânia e promete fortalecer a agricultura familiar e a Embrapa
Haddad faz campanha em Goiânia e promete fortalecer a agricultura familiar e a Embrapa

Redação Publicado em 28/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h32


Candidato do PT à Presidência da República também comentou sobre propostas no combate à violência doméstica e defendeu que o estado faça o acompanhamento das vítimas.

O candidatado à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (28) que, se eleito, pretende fortalecer a agricultura familiar e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura.

Durante agenda de campanha em Goiânia, ele defendeu a necessidade de melhorar as condições de escoamento da produção e garantir recursos hídricos para a irrigação das plantações.

“Temos aqui uma agricultura familiar que precisa ser fortalecida e o agronegócio, que precisa ser apoiado. Para nós, indistintamente – obviamente, olhando para a agricultura familiar em primeiro lugar –, nós vamos apoiar a geração de empregos. Temos alguma tarefas a cumprir: a primeira delas é melhorar a logística e o escoamento, estradas de rodagem e estradas de ferro, para que a produção possa escoar”, disse o petista.

O candidato também prometeu apoiar a Embrapa, que, segundo ele, “está muito secundarizada nesse governo” e “largada, sem o apoio do governo federal”. Ele prometeu a tomada de medidas para diminuir os custos de transporte e garantir a segurança hídrica para a irrigação.

Apoio

Haddad chegou à capital goiana no final da manhã. Antes de participar de uma carreata no centro da cidade com militantes e a candidata ao governo de Goiás pelo PT, Katia Maria, ele concedeu entrevista à imprensa.

Questionado se, num eventual governo seu, o MDB poderá vir a ocupar algum ministério, respondeu, por ora, está pensando apenas no primeiro turno, mas disse que “todos são bem-vindos”, desde que partilhem das mesmas ideias.

“Nós estamos trabalhando no primeiro turno. Estamos trabalhando para chegar bem e, no segundo turno, nós vamos ampliar as discussões sobre quem assina o plano de governo que estamos apresentando”, disse Haddad.

De acordo com ele, o “pressuposto de qualquer aliança” é que haja uma convergência de propostas. “Antes de discutir nomes e partidos, temos que convocar o país para discutir os projetos. Quem concorda com essa linha. Todos serão bem-vindos, desde que concordem com as ideias que nós estamos apresentando”, afirmou.

Fernando Haddad faz campanha em Goiânia — Foto: Sílvio Túlio/G1 GO

Fernando Haddad faz campanha em Goiânia — Foto: Sílvio Túlio/G1 GO

Violência doméstica

O candidato também comentou sobre suas propostas no combate à violência doméstica. Haddad elogiou a Lei Maria da Penha e defendeu que o estado faça o acompanhamento das mulheres vítimas de violência doméstica para evitar a reincidência. Ele pontuou que instituiu esse plano quando governou a cidade de São Paulo e obteve resultados que considera bons.

“Nós, em São Paulo, inspirados em outras experiências, passamos a fazer um acompanhamento das mulheres agredidas porque muitas delas deixam de prestar queixa após a primeira ocorrência, porque a violência aumenta, ao invés de diminuir”, explicou.

Para ele, o estado brasileiro deve ser mais atuante para proteger as vítimas. “Se não houver uma proatividade do estado, muitas vezes a violência vai se perder, porque ela vai ficar com medo de representar contra seu companheiro. Esse acompanhamento, em São Paulo, foi feito pela Guarda Civil Metropolitana com bons resultados. Queremos disseminar essa experiência pelo país”, disse.

Educação

Depois da carreata, Haddad fez um discurso para os militantes. Ele lembrou que foi ministro da educação do governo Lula por 7 anos e que percorreu mais de cem cidades do interior do país para implantar universidades. Ele afirmou que este será uma das bases de um possível mandato.

“Duas palavras resumem o nosso plano de governo: trabalho e educação. Se a pessoa acorda e tem um lugar para ir, uma escola técnica, uma faculdade, está com o futuro garantido. Se não, está comprometido. Sem isso, o Brasil não vai para frente. O Brasil parou depois do golpe”, disse.

No final, ele recebeu livros e flores de crianças, que fizeram uma apresentação em sua homenagem. Sem citar o nome de Bolsonaro, ele ironizou o opositor, que quando esteve em Goiânia, pegou uma criança no colo e ajudou a fazer uma arma com as mãos. “As crianças estão dando um exemplo. Nenhuma criança aqui veio armada. Só com livreis e flores”, afirmou.

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