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Haddad diz que se eleito dará atenção especial para políticas de igualdade racial

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, fez campanha no Nordeste nesta sexta-feira (26). Ele disse que, se eleito, vai dar atenção especial para

Haddad diz que se eleito dará atenção especial para políticas de igualdade racial
Haddad diz que se eleito dará atenção especial para políticas de igualdade racial

Redação Publicado em 27/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h55


Candidato do PT fez campanha no Nordeste e pediu fim da violência na ‘reta final’ da eleição. Na Bahia, visitou família do capoeirista Moa do Katendê, morto após discussão sobre política.

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, fez campanha no Nordeste nesta sexta-feira (26). Ele disse que, se eleito, vai dar atenção especial para políticas de igualdade racial e defendeu o fim da violência nesta reta final da eleição.

Pela manhã, Fernando Haddad esteve em João Pessoa, na Paraíba. Cercado por apoiadores, ele participou de uma caminhada no centro da cidade. Nem a polícia nem os organizadores divulgaram estimativa de público. Em uma entrevista, o candidato do PT disse que, se eleito, vai investir na melhoria do ensino médio em todo país.

“O que eu quero? Que cada unidade do instituto federal adote um termo de cooperação com as escolas estaduais, tendo a sua qualidade como referência. E nós vamos colocar recursos, então, nas escolas federais para que elas façam parceria com as escolas estaduais, com meta e prazo. Então, eles vão ter que escalar uma meta de qualidade para que o jovem complete o ensino médio com condições e enfrentar o Enem e entrar na faculdade”, afirmou.

A campanha continuou à tarde, em Salvador. Fernando Haddad esteve com a família do mestre de capoeira Moa do Katendê, assassinado no início do mês, depois de uma discussão sobre política. O candidato recebeu o apoio de entidades do movimento negro, que lutam contra o racismo.

“Eu pretendo, como presidente, avançar nas políticas de igualdade racial, agora no mercado de trabalho. Nós já levamos o negro para a universidade, que fez o Enem, que tirou nota boa, que tem talento e não tinha oportunidade. Agora, é hora de também fazer o mesmo no mercado de trabalho. Nós vamos atingir a igualdade em nosso país. É uma dívida histórica que nós temos, de 400 anos, com o povo negro, que começou a ser resgatada em 2003. Ela foi paralisada pelo golpe, mas retorna em 2019”, afirmou.

Fernando Haddad prometeu também concluir obras importantes para o combate aos efeitos da seca da região Nordeste.

“Terminar as obras da transposição e retomar o programa Água Para Todos com as cisternas. Isso aí já teve um impacto enorme no Nordeste e vamos retomar agora, com a conclusão do trecho Norte da transposição”, disse Haddad.

Ele defendeu ainda o fim da violência nesta reta final da campanha.

“O que a gente não quer é o povo armado. A gente quer que os argumentos possam ser apresentados, para que as pessoas possam, de livre e espontânea vontade, julgar qual que é o melhor projeto para o país. Na base da violência, nós não vamos chegar a lugar nenhum”, disse.

O candidato do PT à presidência fez campanha nas ruas de Salvador. Ao lado de apoiadores, Fernando Haddad participou de uma caminhada numa avenida da orla da capital baiana.

A caminhada seguiu em direção à Barra, região turística da cidade. Haddad fez todo o percurso, de mais de uma hora, ao lado do governador reeleito da Bahia, Rui Costa, do PT. Ele cumprimentou eleitores ao longo do trajeto.

Os organizadores calculam que cerca de 100 mil pessoas compareceram ao evento. A Polícia Militar não divulgou estimativa. A manifestação de apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, terminou em frente ao Farol da Barra.

Sabatina

Mais tarde, Haddad participou de sabatina na TVE Bahia e falou sobre as operações em universidades públicas de ao menos sete estados brasileiros realizadas nesta sexta. Para o candidato petista, os estudantes, a livre docência e a autonomia das universidades do país estão sendo “ameaçadas” com gestos como esse.

“As universidades públicas federais estão sendo ameaçadas por estarem defendendo a democracia, por exaltarem a democracia, e por se manifestarem contra o fascismo. O que significa a Justiça pedir para tirar uma faxia contra o fascismo [da Faculdade de Direito da UFF]? Significa que a Justiça identifica no meu adversáRio o fascismo. […] A ameaça à livre docência, a ameaça à autonomia universitéria é gravíssima ao país”, criticou Haddad.

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