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Governo de SP doa prédio do Hospital Sorocabana à prefeitura; unidade, na Zona Oeste, depende de reforma para ser reativada

O governo do estado de São Paulo afirmou nesta quarta-feira (13) que vai doar o prédio do Hospital Sorocabana, na Lapa, Zona Oeste da capital, para serviços

Governo de SP doa prédio do Hospital Sorocabana à prefeitura; unidade, na Zona Oeste, depende de reforma para ser reativada
Governo de SP doa prédio do Hospital Sorocabana à prefeitura; unidade, na Zona Oeste, depende de reforma para ser reativada

Redação Publicado em 14/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h11


O governo do estado de São Paulo afirmou nesta quarta-feira (13) que vai doar o prédio do Hospital Sorocabana, na Lapa, Zona Oeste da capital, para serviços de saúde da prefeitura da capital.

O hospital foi reaberto em agosto de 2020 para tratar pacientes com Covid-19, mas antes havia ficado fechado por dez anos.

No início de outubro, o g1 mostrou que a demora para a transferência formal do hospital do governo de SP para a gestão municipal impedia o início das obras de ampliação prometida pela gestão Bruno Covas e Ricardo Nunes em agosto do ano passado, quando a unidade foi reaberta parcialmente para os munícipes.

A gestão do hospital já foi de uma associação beneficente e, desde 2016, é de responsabilidade da prefeitura. O prédio, porém, era do estado de SP, e faltava a formalização da doação para que ele pudesse funcionar normalmente, o que ocorreu nesta quarta (13).

Com a medida, a Prefeitura de SP poderá finalmente fazer intervenções e ampliar o atendimento no local.

O primeiro passo, segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), será a contratação de empresa especializada para desenvolvimento de projeto de reforma e adequação do prédio às normas de vigilância sanitária vigentes.

No local, atualmente, funciona o Complexo Hospitalar Sorocabana. Entre agosto e setembro de 2020, a administração municipal entregou 55 leitos para pacientes com Covid-19.

Administrado pela Organização Social de Saúde (OSS) Associação Saúde da Família (ASF), neste ano foram criadas 41 vagas de leitos de enfermaria, 12 de estabilização e duas de hemodiálise no térreo da unidade. Atualmente, os leitos Covid-19 estão em transição para leitos de clínica médica e acolhimento dos moradores da Lapa e região.

Também funcionam no local, no primeiro piso, um Hospital Dia, com consultas de especialidades médicas e exames de imagem, além de uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA) 24 horas. Na área externa ao bloco hospitalar, há também um centro de reabilitação.

Com a transferência anunciada nesta quarta, a prefeitura poderá realizar intervenções no prédio. Por se tratar de edificação tombada, somente após a conclusão de estudos técnicos é que deverão ser definidos os serviços e número de leitos possíveis na unidade.

Verba já aprovada

Uma verba de R$ 30 milhões já está garantida por lei aprovada na Câmara Municipal de São Paulo em julho deste ano para a reforma dos outros cinco andares do antigo hospital e maternidade.

A reativação total do Sorocabana é uma reivindicação antiga dos moradores da Lapa, na Zona Oeste. O hospital anterior fechou em 2010, após problemas financeiros. O prédio de sete andares pertence ao estado de SP e era administrado pela Associação Beneficente de Hospitais Sorocabana antes do fechamento.

Em 2012, o governo paulista autorizou a cessão do espaço físico do térreo para o município de São Paulo pelo prazo de 20 anos. Em agosto de 2018, entretanto, o SP1 mostrou que a parte desativada do hospital estava abandonada, com salas fechadas e equipamentos largados.

Após 10 anos fechado, a unidade foi reaberta parcialmente em agosto de 2020, com a entrega de 33 leitos pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).

Verbas para a reforma

Em conversa com o g1 em 1º de outubro, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, reafirmou o que disse na Câmara e informou que já tem uma articulação no Ministério da Saúde para garantir outros R$ 30 milhões para a reforma, além dos R$ 30 milhões garantidos pela Câmara Municipal na votação do projeto de venda de três terrenos municipais.

“A reforma do Sorocabana é complexa, porque é um prédio muito antigo. Não é uma obra simples de adaptação, precisa de avaliação e projeto antes de iniciar a licitação. É um prédio muito antigo e requer uma modernização profunda para que seja devolvido totalmente à população”, disse o secretário.

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G1

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