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Giuliano critica imediatismo do Brasil, defende Sylvinho e projeta primeiro Dérbi pelo Corinthians

O meia Giuliano viverá neste sábado, às 19h (de Brasília), na Neo Química Arena, pela 22ª rodada do Brasileirão, o seu primeiro Dérbi com a camisa

Giuliano critica imediatismo do Brasil, defende Sylvinho e projeta primeiro Dérbi pelo Corinthians
Giuliano critica imediatismo do Brasil, defende Sylvinho e projeta primeiro Dérbi pelo Corinthians

Redação Publicado em 24/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h23


Meio-campista de 31 anos viverá o seu primeiro Dérbi neste sábado, na Neo Química Arena

O meia Giuliano viverá neste sábado, às 19h (de Brasília), na Neo Química Arena, pela 22ª rodada do Brasileirão, o seu primeiro Dérbi com a camisa do Corinthians.

Nesta sexta-feira, após o último treinamento preparatório para o jogo contra o rival Palmeiras, o meio-campista falou sobre o momento da equipe. O Timão não perde há sete partidas, mas vem de três empates consecutivos. Para o meia, a pressão em Sylvinho é exagerada.

– Essa falta de paciência não é só do torcedor, é também da imprensa, devido ao imediatismo do futebol brasileiro. Quando você tem contratações, não se dá muito tempo de adaptação para que elas estejam na melhor condição física, para que possam performar, isso acelera o processo. O fato de termos tido quatro contratações num período curto, claro que há pressão para que a gente jogue bem, ganhe sempre de 3 a 0 e encante, mas leva tempo, é necessário ter paciência – pediu o meia.

– Estamos buscando entrosamento, não fizemos uma partida inteira juntos (os quatro reforços). Eu entendo a pressão por parte do torcedor no Sylvinho, o torcedor é passional, entendo a imprensa que quer ver um melhor futebol, mas tudo depende de como você enxerga. Eu vejo nosso time com sete jogos sem perder. Estávamos numa posição ruim e agora estamos na parte de cima da tabela. Somos uma equipe em construção, que melhorou sua performance, que melhorou seus resultados.

Giuliano em entrevista coletiva no Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Giuliano em entrevista coletiva no Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Ainda sobre Sylvinho, o jogador fez questão de sair em defesa do técnico, que em 23 jogos à frente do Timão acumula sete vitórias, dez empates e seis derrotas, com aproveitamento de 44,9%.

– Muitas vezes o torcedor se baseia na opinião de outras pessoas que não vivem o nosso dia a dia. Quando você conhece como a pessoa trabalha, tem outra visão. Sylvinho trabalha muito, nos dá todas as informações dos nossos adversários em vídeo ou (em conversas) individuais para o jogo, consegue transmitir o que quer, pontos bons e ruins do adversário. Ele deixou o Corinthians muito organizado, você não consegue vencer se não defender bem. Nós sofremos poucos gols, ele conseguiu organizar o sistema defensivo. Você defendendo bem, está mais perto de vencer.

– E temos tido resultados bons, só que o campeonato é difícil. Para vocês, é uma obrigação nossa de vencer times abaixo na tabela, mas isso é tirar todo o mérito de uma equipe que se prepara para jogar contra a gente. O Juventude fez o seu melhor jogo do campeonato contra nós (empate por 1 a 1). Temos que ter a grandeza de reconhecer o mérito deles.

Sem Gabriel, suspenso, a tendência é que o técnico Sylvinho arme o meio-campo com Cantillo, Renato Augusto e Giuliano. O camisa 11 falou sobre o seu posicionamento e a necessidade de marcar:

– Sempre tive essa função de terceiro homem de meio-campo na equipe, mesmo com Gabriel e Roni. O que mudou foram as circunstâncias, que variam de acordo com o adversário. Minha função desde o início foi a mesma, a obrigação de marcar é de todos. Se não tem um atacante que faça pressão no zagueiro, um extremo que pegue o lateral, vamos sofrer lá atrás. A obrigação é de todos.

Veja mais trechos da coletiva:

  • Primeiro Dérbi

– Uma pena que um clássico desta magnitude seja com estádio vazio, o futebol perde, mas é a nossa situação de momento. Trata-se de um clássico muito grande. Eu participei de grandes clássicos na carreira, no Sul (Gre-Nal) e na Turquia (Fenerbahçe x Galatasaray), sei que é jogo que vale mais que três pontos. Você ganha emocionalmente, ganha confiança, temos tudo para fazer um grande jogo. Nossa semana de preparação foi boa. Temos foco total para ter uma boa performance e um bom resultado. Temos que vencer em casa, melhorar nossa pontuação como mandante, estamos no caminho, acredito muito no nosso treinador e no trabalho que estamos fazendo.

  • Qualidade do rival

– É uma equipe de muita qualidade, que está bem no campeonato e que vai jogar uma decisão pela Libertadores (contra o Atlético-MG, na terça). Mas nosso jogo é contra o Palmeiras, não existe Palmeiras A ou Palmeiras B, titular ou reserva, é a mesma equipe. Será um jogo muito difícil, sabemos da qualidade deles, mas queremos vencer, jogar bem, nos impor em casa e dar alegria ao nosso torcedor. Será um jogo decidido em detalhes, em ajustes técnicos, táticos, individualidades, imposição. Que seja um jogo muito divertido para quem estiver assistindo.

  • Estágio da equipe

– Estamos em evolução, disse desde a minha primeira entrevista que acredito no processo. Não é de um dia para o outro. Reforçamos a equipe, ganhamos em qualidade e experiência, isso vai nos ajudar a melhorar a performance. Mas há equipes que jogam juntas há dois ou três anos, que mudam pouco estamos neste processo, não consigo nos comparar com outras equipes. O Brasileirão é muito difícil, competimos contra todas as equipes e temos capacidade de vencer todas, mas a situação é de jogo a jogo. Queremos terminar em zona de Libertadores para que, no ano que vem, a gente tenha tempo para almejar coisas maiores na temporada.

  • Quarteto

– Não importa se for amanhã ou num próximo jogo: queremos fazer o nosso melhor, mas precisamos do nosso tempo, de adaptação, entrosamento, não existe milagre no futebol. É trabalho de equipe. Se ela funcionar bem, as individualidades vão aparecer.

  • Início ruim nos últimos jogos

– Internamente, nós temos nos cobrado muito em relação ao início dos jogos, não temos iniciado bem, temos sofrido no início da partida, é situação coletiva e individual que esperamos resolver a partir de amanhã. É estar mais concentrado e atento, sentir o que o jogo está pedindo. Juventude e América-MG vieram nos pressionar fisicamente, se impuseram, e nós sofremos no início. Temos que ter essa percepção e iniciar mais forte a parte física e técnica, para depois controlar e fazer o nosso jogo.

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Globo Esporte

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