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Gilberto Kassab analisa possíveis federações partidárias

ALIANÇA PSD | LULA

Gilberto Kassab analisa possíveis federações partidárias
Gilberto Kassab analisa possíveis federações partidárias

Redação Publicado em 10/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 16h34


A questão das federações partidárias chegou junta a discussão da reforma política para diminuir os partidos, aumentando assim as dificuldades para que qualquer grupo criasse uma sigla e que continuasse essa festa de partidos políticos que existe no Brasil. Naquele momento, eram mais de 39 ou 40 partidos. Infelizmente, entre tantas boas reformas como a cláusula de desempenho, a proibição de coligações em eleições proporcionais, nós tivemos a aprovação das federações. O PSD foi voto vencido. Nós votamos contra as federações e essa decisão do Supremo foi ruim sob o aspecto que jogou as possibilidades de as federações ocorrerem até o final do mês de maio. Porém, agora o “jogo será jogado”. Acredito que existirão poucas federações, pois é algo complexo, que unem partidos por quatro longos anos. As dificuldades impostas, reduzirão o número de partidos. Creio que avançamos bastante, mas poderíamos ter avançado mais.
O PSD na próxima legislatura, vai defender que a proibição da coligação nas eleições proporcionais seja estendida para as eleições majoritárias. Por que um partido existe para apoiar candidato de outro partido? Alianças assim devem ser feitas no segundo turno. Um partido deve existir para apresentar seu posicionamento nas eleições, principalmente em primeiro turno.

ALIANÇA PSD | LULA

A conversa que tive com o Presidente Lula, na segunda-feira, foi mais uma de tantas que tivemos. O diálogo do PSD com o PT ele existe, é público e o mais importante é que a imprensa nos procurou para entender essa situação. Respondi sobre a importância de a conversa ter acontecido, como aconteceu no passado e que acontecerá no futuro. Afinal, nossa relação é boa e pregada pelo respeito.

Em relação as eleições, o PSD tem uma posição amplamente majoritária de ter candidatura própria. Isso não quer dizer que dentro do partido não exista simpatizantes de uma aliança de primeiro turno. Um representante da imprensa veio até mim e questionou: A chance é zero de ter aliança no primeiro turno? Se eu falar que a chance é zero, estarei faltando com respeito aos meus colegas de partido, que torcem para essa alternativa. Então, eu preciso ter respeito, pois pode parecer que a opinião dessas pessoas é nula e é exatamente o contrário disso. São pessoas com muita liderança dentro do PSD e muita importância, como é o caso do senador Otto Alencar, do Deputado Federal Metidieri, que possui uma aliança histórica com o PT.
Mas, efetivamente e com muita tranquilidade, o partido caminha e prefere uma candidatura própria. O presidente Lula e o diretório do PT sabem disso e tratam a situação com muito respeito e compreensão, pois entendem a importância de outros partidos se apresentarem nas eleições. No segundo turno, não podemos dizer que vamos apoiar o presidente Lula, pois esperamos estar presente com a candidatura de Rodrigo Pacheco, ainda na disputa.

A nossa conversa mostrou entendimento, parceria e comparativamente, em relação ao atual governo, ampla maioria do nosso partido quer caminhar como alternativa.

ALCKIMIN | LULA

Em relação ao ex-governador Geraldo Alckimin, ele nos procurou pedindo apoio para ser candidato a governador. Após debatermos internamente, acolhemos a ideia. Em novembro, ele nos procurou e disse que estava abandonando a ideia de ser governador e que, naquele momento, estava abraçando o projeto do PT e do presidente Lula. Procuramos outros projetos e ele me parece bastante inserido na campanha do presidente Lula. Isso depende muito dos entendimentos, compromissos e se ele será ou não companheiro de chapa do presidente. Acredito que alianças diferentes, devem ser muito bem planejadas para não chocar o eleitor. Em política, 2 +2 não é igual a 4. Não consigo avaliar no momento, se o resultado dessa aliança será positivo para o Alckimin ou para o Lula

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