A deputada federal Tereza Cristina(DEM-MS), futura ministra da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta segunda-feira (19) à rádio CBN
Redação Publicado em 19/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h34
A deputada federal Tereza Cristina(DEM-MS), futura ministra da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta segunda-feira (19) à rádio CBN que não é parceira da JBS e que não concedeu benefícios fiscais à empresa.
Segundo reportagem publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” neste domingo (18), a deputada concedeu incentivos fiscais à empresa JBS quando era secretária do agronegócio de Mato Grosso do Sul (MS), ao mesmo tempo em que mantinha um negócio pecuário com o grupo. A deputada divulgou uma nota para esclarecer as informações (íntegra ao final da reportagem).
“Matéria foi feita de maneira a levar as pessoas a entenderem que existe uma negociação não republicana e isso não é verdade. São assuntos separados e diferentes”, disse a deputada à rádio CBN.
“Eu não sou parceira da JBS. Minha família tem um confinamento e este confinamento lá trás, em 2009, houve uma parceria pecuária que é uma maneira de fazer negócio dentro da pecuária absolutamente normal e que foi feita com essa empresa que é a maior empresa de carnes”, explicou a deputada. Segundo a deputada, o contrato com a JBS com negócio da sua família era para engorda de bois.
Sobre ter supostamente concedido benefício fiscal à empresa quando era secretária de MS, Tereza Cristina afirmou que o benefício era “normal” e que foi concedido pelo governo do estado e não por sua pasta diretamente.
“Não havia concessão [de benefício] a JBS a esta época [em que a empresa de sua família tinha contrato para engorda de bois com a JBS]. Muito depois, a JBS comprou a empresa Seara quando teve uma crise profunda, uma crise economica no país, e a Seara foi vendida à JBS, e foi concedido pelo governo do estado, da qual eu era secretaria, um benefício fiscal a empresa assim como a várias outras que se instalaram no estado. Que, aliás, era uma política da época e é ainda hoje, de se dar beneficios a empresas que se instalaram no estado. E foi dado um benefício normal. Eu não dava benefício fiscal. Quem dava benefício era o governo. Minha pasta recebia o pedido e isso era encaminhado para um conselho”, explicou a deputada.
Ainda de acordo com a futura ministra, ela nunca recebeu doação da empresa de maneira direta. “Nunca recebi doação da JBS de maneira direta. E se tivesse recebido teria sido também diretamente de maneira normal. Eu recebi através do partido, o MDB”, afirmou.
Neste domingo (18), o presidente eleito, Jair Bolsonaro, defendeu sua futura ministra da Agricultura. Questionado sobre o assunto durante visita a uma competição de jiu-jítsu no Rio de Janeiro, Bolsonaro respondeu: “Eu também sou réu e daí? Tenho que renunciar ao meu mandato?”. Ele responde a uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por apologia ao estupro.
E continuou: “Afinal de contas eu sou uma pessoa, um ser humano, que posso errar. E qualquer um ministro que tiver uma acusação grave e for aprovada nós vamos tomar uma providência. No momento, ela goza de toda confiança nossa.”
Íntegra da nota da deputada Tereza Cristina
A deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) traz esclarecimento sobre a matéria intitulada “Parceira da JBS, ministra deu incentivos fiscais à empresa em MS”, do jornal Folha de São Paulo, deste domingo (18):
1. A deputada nunca recebeu doação direta do grupo JBS para sua campanha. O recurso foi transferido via coligação partidária e aprovado pela Justiça Eleitoral;
2. A relação comercial estabelecida pela família da deputada com a empresa JBS foi feita de forma legal e transparente, dentro dos padrões seguidos regularmente pelos demais produtores da região e do país;
3. Em 2009, a mãe da parlamentar estabeleceu contrato de parceria pecuária na exploração de um confinamento com a empresa JBS. No ano seguinte, em função de seu falecimento, o contrato passou à gestão de Tereza Cristina, na qualidade de inventariante de um condomínio de cinco irmãos;
4. Quanto aos incentivos fiscais assinados à época em que ocupava a secretaria de Agricultura do Estado, a deputada cumpriu a legislação vigente e atuou em conformidade com as políticas de governo estabelecidos à época. Cabe ressaltar ainda, que medidas fiscais são de competência também da Secretaria de Fazenda do Estado e do Governo, não apenas da Agricultura, como sugere a matéria.
Assessoria de Imprensa FPA
Leia também
O serviço de radiodifusão de jornalismo 24 horas desempenha um papel crucial na formação da consciência e cidadania da sociedade
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Esclarecimentos sobre as aberrações jurídicas referentes às imprestaveis pericias que avaliaram o valor da empresa Flexform Indústria Metalúrgica Ltda em 2010 para lesar o sócio fundador
Lula impõe sigilo de 100 anos ao caso do empresário Thiago Brennand; medida foi negociada com líder árabe
Tiktoker vende a própria filha de 17 meses para pedófilos e criança morre de forma trágica
Tumulto em evento da Nike deixa pessoas pisoteadas em São Paulo
Afinal, consumir chocolate pode causar espinhas? Descubra
Após declaração de Milei sobre Gustavo Petro, Colômbia expulsa diplomatas argentinos; entenda
Daniel Alves comparece pela primeira vez ao tribunal após ser libertado
Raul Gil anuncia sua aposentadoria da televisão; confira