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França vai regularizar situação de mulheres ilegais que sofrem violência doméstica

O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, anunciou nesta terça-feira (23) em entrevista à radio France Inter que mulheres vítimas de violência conjugal

França vai regularizar situação de mulheres ilegais que sofrem violência doméstica
França vai regularizar situação de mulheres ilegais que sofrem violência doméstica

Redação Publicado em 24/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 06h52


O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, anunciou nesta terça-feira (23) em entrevista à radio France Inter que mulheres vítimas de violência conjugal e em situação ilegal na França serão regularizadas.

Os secretários de segurança pública receberão, na quinta-feira (25), a instrução de conceder a estas mulheres uma autorização de permanência no país, válida por anos e renovável.

De acordo com Darmanin, “estas mulheres hesitam muitas vezes a ir a uma delegacia ou unidade de polícia e para procurar a Justiça”.

Ele prometeu que “se a Justiça provar que a pessoa contra quem a queixa foi registrada é realmente responsável de um estupro ou de violências conjugais”, as vítimas serão regularizadas, “em nome da proteção que devemos a elas”.

O ministro também insistiu que “enquanto a queixa não for totalmente investigada, estas mulheres não poderão ser expulsas da França”.

Aumento da violência doméstica

Darmanin também lembrou que as mulheres que vieram para a França dependendo do documento de residência dos maridos já se beneficiam de uma proteção específica durante o período da investigação e até a prisão do agressor. Este tipo de documento é atribuído atualmente a quase 250 pessoas por ano.

“Poderíamos fazer bem mais e melhor”, avaliou Darmanin que se comprometeu a discutir a questão com associações e advogados. O Ministério do Interior acredita que 600 mil e 700 mil pessoas estão na França ilegalmente.

Segundo dados divulgados pelo Ministério do Interior na segunda-feira (22), a violência doméstica aumentou 10% em 2020, na França. Aproximadamente 87% das vítimas são mulheres.

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g1

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